Capitão Marvel -Inspiração, sucesso na Fawcett e processo por violação de direitos autorais Capitão Marvel, também conhecido como Shazam, é um super-herói pertencente ao Universo DC, criado pela extinta Fawcett Comics. Criado em 1939 pelo roteirista Bill Parker e pelo desenhista C. C. Beck, o personagem apareceu pela primeira vez na revista em quadrinhos Whiz Comics #2, lançado em fevereiro de 1940, durante a era de ouro dos quadrinhos. Com uma história que envolve uma fantasia adolescente, Billy Batson, um jovem que trabalha como repórter de rádio foi escolhido, devido a sua bondade interior, para receber os poderes do Mago Shazam, a fim de preservar a justiça e a paz no Universo. Sempre que Billy fala o nome "Shazam", ele é instantaneamente atingido por um raio mágico que transforma-o em um super-herói adulto com poderes sobre-humanos (e vice-versa, uma vez que o personagem pode voltar a forma infantil da mesma forma). Os poderes do Capitão Marvel são oriundos de seis personagens que lhe concedem tais características — sendo eles, Salomão (sabedoria), Hércules (vasta força física), Atlas (resistência, invulnerabilidade), Zeus (poderes mágicos), Aquiles (coragem) e Mércurio (velocidade, capacidade de voo). Billy Batson enquanto Shazam (ou Capitão Marvel), possui homônimos que são os Tenentes Marvel (formado por: Marvel Cowboy, Marvel Gordo e Marvel Matuto), liderados pelo Capitão Marvel junto com Capitão Marvel Jr. (Freddy Freeman), sua irmã gêmea Mary Marvel (Mary Bromfield), Tio Marvel (Dudley H. Dudley), formam a original Família Marvel. A inspiração para o Capitão Marvel veio de várias fontes. Sua aparência visual foi inspirada na de Fred MacMurray, um popular ator americano da época. Frederick Martin MacMurray (30 de agosto de 1908 - 5 de novembro de 1991) foi um ator americano. Ele apareceu em mais de cem filmes e em uma série de televisão de sucesso em uma carreira que durou quase meio século. Sua carreira como protagonista de cinema começou em 1935, mas seu papel mais conhecido foi no filme noir Double Indemnity (br Pacto de Sangue) de 1944, dirigido por Billy Wilder. O fundador da Fawcett Publications, Wilford H. Fawcett, foi apelidado de "Capitão Billy", o que inspirou o nome "Billy Batson". A primeira revista de Fawcett foi intitulada Captain Billy's Whiz Bang, que inspirou o título Whiz Comics. Além disso, Fawcett pegou vários dos elementos que fizeram do Superman o primeiro super-herói de quadrinhos popular (superforça, supervelocidade, histórias de ficção científica, um alter ego repórter bem-educado) e os incorporou ao Capitão Marvel. O diretor de circulação de Fawcett, Roscoe Kent Fawcett, lembra-se de ter dito à equipe: "Dê-me um Superman, apenas faça com que sua outra identidade seja um menino de 10 ou 12 anos, em vez de um homem". Durante grande parte da Era de Ouro dos Quadrinhos, o Capitão Marvel provou ser o personagem de super-herói mais popular do meio, e seus quadrinhos superaram todos os outros. Captain Marvel Adventures vendeu quatorze milhões de cópias em 1944, e chegou a ser publicado quinzenalmente, com uma tiragem de 1,3 milhão de cópias por edição. Várias edições de Captain Marvel Adventures incluíram uma sinopse em suas capas proclamando a revista como a "Maior Circulação de Qualquer Revista de Quadrinhos". A franquia foi expandida para apresentar personagens derivados do Capitão Marvel entre 1941 e 1942. Whiz Comics #21 (1941) apresentou os Tenentes Marvels: três outros meninos que também poderiam se tornar super-heróis adultos. Capitão Marvel Jr., o alter ego do ex-atleta deficiente Freddy Freeman, estreou em Whizz Comics #25 (1941). Mary Marvel, alter ego da irmã gêmea de Billy, Mary Batson, apareceu pela primeira vez em Captain Marvel Adventures#18 (1942). Em contraste com o Capitão Marvel e os Tenentes, Mary Marvel e Capitão Marvel Jr. permaneceram crianças na forma de super-heróis e tiveram seus próprios quadrinhos homônimos, além de aparecerem como protagonistas em Master Comics e Wow Comics, respectivamente. Capitão Marvel, Capitão Marvel Jr. e Mary Marvel apareceram juntos como uma equipe em outra publicação da Fawcett, The Marvel Family . Além disso, havia um personagem derivado um animal falante, Hoppy the Marvel Bunny, que foi criado em 1942 para a história em quadrinhos Funny Animals que mais tarde recebeu uma série homônima também. Com Bill Parker sendo convocado para a Segunda Guerra Mundial, as principais funções de redação das histórias de quadrinhos relacionadas ao Capitão Marvel foram para Otto Binder em 1942. CC Beck permaneceu como artista principal, e ele e Binder conduziram as histórias do Capitão Marvel para um tom caprichoso que enfatizava elementos de comédia e fantasia junto com a ação do super-herói. Otto Binder escreveria mais de 900 das aproximadamente 1.790 histórias relacionadas ao Capitão Marvel publicadas pela Fawcett. Vários dos personagens coadjuvantes e inimigos duradouros do Capitão Marvel - incluindo o tio Marvel, Tawky Tawny, o tigre falante, e os vilões Mister Mind e Black Adam - foram criados por Binder durante meados da década de 1940. Processo por violação de direitos autorais e cancelamento A Detective Comics (mais tarde conhecida como National Comics Publications, National Periodical Publications, e hoje conhecida como DC Comics) processou a Fawcett Comics e a Republic Pictures por violação de direitos autorais em 1941, alegando que o Capitão Marvel foi plagiado do seu personagem Superman. Após sete anos de litígio, a ação foi a julgamento em 1948. Embora o juiz tenha decidido que o Capitão Marvel era uma violação, a DC foi considerada negligente ao não proteger os direitos autorais de várias de suas tiras de jornais diários do Superman, e foi decidido que a National havia abandonado os direitos autorais do Superman. Como resultado, o veredicto inicial, proferido em 1951, foi a favor de Fawcett. A National apelou desta decisão, e o juiz Learned Hand declarou em 1952 que os direitos autorais do Superman da National eram de fato válidos. O juiz Hand não concluiu que o personagem do Capitão Marvel em si fosse uma infração, mas sim que histórias específicas ou super feitos poderiam ser infrações, e isso teria que ser determinado em um novo julgamento. Ele, portanto, devolveu o assunto ao tribunal de primeira instância para decisão final. O processo nacional não foi o único problema que Fawcett enfrentou em relação ao Capitão Marvel. Embora Captain Marvel Adventures tenha sido a série de quadrinhos mais vendida durante a Segunda Guerra Mundial, ela sofreu queda nas vendas a cada ano depois de 1945 e, em 1949, estava vendendo apenas metade. A Fawcett tentou reviver a popularidade de sua série Capitã Marvel no início dos anos 1950, introduzindo elementos da tendência dos quadrinhos de terror que havia ganhado popularidade na época. Sentindo que esse declínio na popularidade dos quadrinhos de super-heróis significava que não valia mais a pena continuar a luta, A Fawcett concordou em 14 de agosto de 1953 em cessar permanentemente a publicação de quadrinhos com personagens relacionados ao Capitão Marvel e pagar à National US$ 400.000 em danos. A Fawcett fechou sua divisão de quadrinhos no outono de 1953 e demitiu sua equipe. Otto Binder e Kurt Schaffenberger acabaram na DC, tornando-se membros proeminentes da equipe criativa dos quadrinhos relacionados ao Superman de 1954 até a década de 1960. Schaffenberger introduziu uma participação especial não autorizada do Capitão Marvel em uma história de Superman's Girl Friend, Lois Lane #42 em 1963. Whizz Comics terminou com a edição #155 em junho de 1953, Captain Marvel Adventures foi cancelada no #150 em novembro de 1953, e The Marvel Family terminou na sua edição #89 em janeiro de 1954. Hoppy the Marvel Bunny foi vendido para Charlton Comics, onde poucas histórias da era Fawcett desse personagem foram reimpressas como Hoppy the Magic Bunny, com todas as referências a "Capitão Marvel" e "Shazam" removidas. Em 1972, DC licenciou os personagens da Família Marvel da Fawcett, e ele voltou a ser publicado. Devido a conflitos de marca registrada sobre outro personagem chamado "Capitão Marvel", propriedade da Marvel Comics, a DC marcou e comercializou o personagem usando a marca registrada Shazam! desde sua reintrodução em 1972. Isso, por sua vez, levou muitos a assumir que "Shazam" era o nome do personagem, mais tarde renomeou oficialmente o personagem como Shazam quando relançou suas propriedades de quadrinhos em 2011. Alex