Sinéad O'Connor - Carreira Sinéad Marie Bernadette O'Connor (Dublin, 8 de dezembro de 1966 - Dublin, 26 de julho de 2023) foi uma cantora e compositora irlandesa. Ela recebeu o nome de Sinéad em homenagem a Sinéad de Valera, mãe do médico que realizou o parto. A baterista da banda In Tua Nua, uma banda de rock irlandesa - seu nome é uma ortografia fonética do gaélico irlandês An Tuath Nua, que significa "a nova tribo" - ouviu O'Connor cantando "Evergreen" de Barbra Streisand.Ela gravou uma música com eles chamada "Take My Hand", mas eles sentiram que aos 15 anos ela era muito jovem para se juntar à banda. Através de um anúncio que ela colocou na Hot Press em meados de 1984, ela conheceu Colm Farrelly. Juntos, eles formaram uma banda chamada Ton Ton Macoute. O tempo de O'Connor como cantora da Ton Ton Macoute chamou a atenção da indústria musical, e ela acabou assinando com a Ensign Records. Ela também adquiriu um empresário experiente, Fachtna Ó Ceallaigh, ex-chefe da Mother Records do U2. Logo depois de assinar, ela embarcou em sua primeira grande tarefa, fornecendo os vocais para a música "Heroine", que ela co-escreveu com o guitarrista do U2, The Edge, para a trilha sonora do filme Captive. Seu primeiro álbum, The Lion and the Cobra, foi "uma sensação" quando foi lançado em 1987 pela Chrysalis Records, e alcançou o status de disco de ouro, ganhando uma indicação ao Grammy de Melhor Performance Vocal de Rock Feminino. O single "Mandinka" foi um grande sucesso nas rádios dos Estados Unidos. Em sua primeira aparição na televisão dos Estados Unidos, O'Connor cantou "Mandinka no Late Night with David Letterman em 1988. O'Connor nomeou Bob Dylan, David Bowie, Bob Marley, Siouxsie and the Banshees e The Pretenders como os artistas que a influenciaram em seu álbum de estreia. Em 1989, O'Connor juntou-se ao vocalista do The The, Matt Johnson, como vocalista convidada no álbum Mind Bomb da banda, no dueto "Kingdom of Rain". Nesse mesmo ano, ela fez sua primeira incursão no cinema, no filme norte-irlandês Hush-a-Bye-Baby. Margo Harkin pediu à cantora e compositora irlandesa Sinéad O'Connor para compor a trilha sonora do filme, mas O'Connor ficou impressionada com o roteiro que ela também queria atuar. Comentando sobre sua participação, O'Connor disse: "Foi um filme que realmente me atraiu porque tratou de algo que eu experimentei em primeira mão - o horror de ser jovem, solteira e mãe em um país como a Irlanda com visões tão atrasadas sobre feminilidade e sexualidade." Lançamento Harkin explicou que o filme foi vítima da censura da "direita do movimento republicano" e que alguns cinemas se recusaram a exibi-lo, embora graças ao financiamento recebido foi possível transmiti-lo na televisão. Seu segundo álbum - I Do Not Want What I Haven't Got de 1990 - ganhou atenção considerável e críticas positivas: foi classificado como "segundo melhor álbum do ano" pela NME. Ela foi elogiada por sua voz e suas canções originais. O álbum I Do Not Want What I Haven't Got, continha seu sucesso internacional "Nothing Compares 2 U", uma canção escrita por Prince e originalmente gravado e lançado por um projeto paralelo dele, o Family. Em 1990, ela se juntou a muitos outros convidados para a apresentação do ex- Pink Floyd, Roger Waters, de The Wall em Berlim. Em 1990, ela contribuiu com um cover de "You Do Something to Me" para o álbum de arrecadação de fundos Cole Porter /AIDS, Red Hot + Blue, produzido pela Red Hot Organization. Red Hot + Blue foi seguido pelo lançamento de Am I Not Your Girl?. O álbum recebeu críticas mistas a ruins e foi uma decepção comercial devido ao sucesso de seu trabalho anterior. Também em 1990, ela foi criticada ao afirmar que não se apresentaria se o hino nacional dos Estados Unidos fosse tocado antes de um de seus shows. Frank Sinatra ameaçou "chutar a bunda dela". Em 1991, sua versão de "Sacrifice" de Elton John foi aclamada como uma das melhores do tributo álbum Two Rooms: Celebrating the Songs of Elton John & Bernie Taupin. Ela passou os meses seguintes estudando canto com o professor Frank Merriman na Parnell School of Music. Em uma entrevista ao The Guardian publicada em 3 de maio de 1993, ela relatou que suas aulas de canto com Merriman eram a única terapia que estava recebendo, descrevendo Merriman como "o professor mais incrível do universo". Em 1992, ela contribuiu com backing vocals na faixa "Come Talk To Me", e compartilhou os vocais no single "Blood of Eden" do álbum de estúdio Us de Peter Gabriel. Peter Gabriel a convidou para participar de sua Secret World Tour em maio de 1993, para cantar essas canções e muito mais em um cenário elaborado. O'Connor foi vista ao lado de Peter Gabriel no MTV Video Music Awards de 1993 em setembro. Enquanto estava em Los Angeles, ela tomou muitos comprimidos para dormir, incitando a conjectura da mídia sobre uma tentativa de suicídio. Ela disse que "estava emocionalmente mal na época, mas não foi uma tentativa de suicídio". Também em 1993, O'Connor interpretou "You Made Me the Thief of Your Heart", uma canção escrita por Bono, Gavin Friday e Maurice Seezer para a trilha sonora do filme de 1993 In the Name of the Father, estrelado por Daniel Day- Lewis e Emma Thompson. A canção não aparece em nenhum dos álbuns de estúdio de O'Connor, mas em 1997, foi incluída em seu primeiro álbum de compilação, So Far... The Best Of. Seu álbum Universal Mother (1994) não conseguiu restaurar seu status anterior; no entanto, os videoclipes do primeiro e do segundo singles, "Fire on Babylon" e "Famine", foram indicados ao Grammy de Melhor Videoclipe. O videoclipe de "Fire on Babylon" foi dirigido pelo diretor francês Michel Gondry, que já havia dirigido os videoclipes de "Human Behavior" para Björk e "Protection" para Massive Attack. "Fire on Babylon" foi feito como uma visão sombria e perturbadora da infância de O'Connor e foi lançado em 15 de agosto. Em 1996, O'Connor participou de Broken China, um álbum solo de Richard Wright do Pink Floyd. O'Connor apareceu em The Butcher Boy, de Neil Jordan, em 1997, interpretando a Virgem Maria. The Butcher Boy é um filme de humor negro irlandês de 1997 dirigido por Neil Jordan. O filme foi baseado no romance de 1992 de Patrick McCabe com o mesmo nome e McCabe co-escreveu o roteiro com Jordan. Situado no início dos anos 1960, The Butcher Boy é sobre Francie Brady, um menino de 12 anos que se refugia em um violento mundo de fantasia para escapar da realidade de sua família disfuncional; conforme suas circunstâncias pioram, sua sanidade se deteriora e ele começa a agir, com brutalidade crescente. O filme ganhou o Urso de Prata de Melhor Direção no 48° Festival Internacional de Cinema de Berlim em 1998. The Butcher Boy foi o último filme produzido pela The Geffen Film Company. Em 1998, Sinéad O'Connor, que contribuiu em Red Hot + Blue (o primeiro álbum da série beneficente), trabalhou novamente com a Red Hot Organization para co-produzir e intrepatar "Someone to Watch Over Me" uma canção de 1926 composta por George Gershwin, no Red Hot + Rhapsody: The Gershwin Groove, para comemorar o 100º aniversário de George Gershwin. Assim como outras compilações da série, este lançamento serviu como uma ferramenta de arrecadação de fundos para os esforços de conscientização sobre a AIDS da RHO. Nomes que contribuíram para o álbum incluem: David Bowie, Morcheeba e Natalie Merchant. Faith and Courage foi lançado em 2000, incluindo o single "No Man's Woman", e contou com contribuições de Wyclef Jean of the Fugees e Dave Stewart of Eurythmics. Seu álbum de 2002, Sean-Nós Nua ,composto por canções tradicionais irlandesas, cujo título significa "novo estilo antigo" e também se refere ao estilo popular de música tradicional irlandesa sean-nós. Em 2003, ela contribuiu com uma faixa para o álbum tributo a Dolly Parton, Just Because I'm a Woman, com o cover de "Dagger Through the Heart". Nesse mesmo ano, ela também participou de três canções do álbum 100th Window do Massive Attack antes de lançar seu álbum duplo, She Who Dwells in the Secret Place of the Most High Shall Abide Under the Shadow of the Almighty. Esta compilação continha um disco de demos e faixas inéditas e um disco de gravação de um show ao vivo. Logo após o lançamento do álbum, O'Connor anunciou que estava se aposentando da música. No final das contas, após um breve período de inatividade e um surto de fibromialgia, sua aposentadoria durou pouco. O'Connor afirmou em uma entrevista à revista Harp que ela pretendia apenas se aposentar da música pop/ rock mainstream e, depois de lidar com sua fibromialgia, ela optou por mudar para outros estilos musicais. O álbum de reggae Throw Down Your Arms apareceu no final de 2005. A fibromialgia é uma condição médica definida pela presença de dor crônica generalizada, fadiga, despertar não restaurador, sintomas cognitivos, dor ou cãibras abdominais inferiores e depressão. Outros sintomas incluem insônia e uma hipersensibilidade geral. A causa da fibromialgia é desconhecida, mas acredita-se que envolva uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Os fatores ambientais podem incluir estresse psicológico, trauma e certas infecções. A dor parece resultar de processos no sistema nervoso central e a condição é chamada de "síndrome de sensibilização central". Em 8 de novembro de 2006, O'Connor cantou sete canções de seu próximo álbum, Theology, no The Sugar Club em Dublin. Trinta fãs tiveram a oportunidade de ganhar pares de ingressos para assistir junto com os críticos da indústria musical. A apresentação foi lançada em 2008 como pacote de CD/DVD de luxo Live at the Sugar Club, vendido exclusivamente em seu site. O'Connor lançou duas músicas de seu álbum Theology para download gratuito em seu site oficial: "If You Had a Vineyard" e "Jeremiah (Something Beautiful)". O álbum, uma coleção de canções espirituais Rastafari, foi lançado em junho de 2007. O primeiro single do álbum, o clássico de Tim Rice e Andrew Lloyd Webber "I Don't Know How to Love Him", foi lançado em 30 Abril de 2007. Para promover o álbum, O'Connor fez extensas turnês pela Europa e América do Norte. Ela também apareceu em duas faixas do novo álbum de Ian Brown ( ex- Stone Roses), The World Is Yours, incluindo o single anti-guerra "Illegal Attacks". Em janeiro de 2010, O'Connor fez um dueto com a cantora de R&B Mary J. Blige produzido pelo ex- membro do A Tribe Called Quest Ali Shaheed Muhammad da canção de O'Connor "This Is To Mother You" (gravada pela primeira vez por O'Connor em seu álbum de 1997 Gospel Oak). As vendas da música foram doadas para a organização Girls Educational and Mentoring Services (GEMS) é uma organização sem fins lucrativos que presta serviços a meninas e mulheres jovens exploradas sexualmente e traficadas domesticamente, geralmente menores de idade exploradas por cafetões e traficantes. A GEMS foi fundada por Rachel Lloyd em 1998, que continua a atuar como diretora executiva da organização. A organização ajudou várias centenas de jovens a sair da indústria do sexo e voltar ao seu pleno potencial. Eles também participaram do lobby para a aprovação do Safe Harbor Act for Sexually Exploited Youth, que prevê que meninas menores de 16 anos presas em Nova York por prostituição sejam tratadas como vítimas, e não como criminosas. O projeto de lei foi assinado em setembro de 2008. Em 2012, a música "Lay Your Head Down", escrita por Brian Byrne e Glenn Close para a trilha sonora do filme Albert Nobbs e interpretada por O'Connor, foi indicada ao Globo de Ouro de Melhor Canção Original. Em 2011, O'Connor trabalhou na gravação de um novo álbum, a ser lançado no início de 2012, intitulado How About I Be Me (and You Be You)?, com o primeiro single sendo "The Wolf is Getting Married". Ela planejou uma extensa turnê para divulgar o álbum, mas sofreu um grave colapso entre dezembro de 2011 e março de 2012, resultando no cancelamento da turnê e de todas as outras atividades musicais do resto de 2012. O'Connor retomou a turnê em 2013. Em fevereiro de 2014, foi revelado que O'Connor estava gravando um novo álbum de material inédito, intitulado The Vishnu Room, consistindo em canções românticas de amor. No início de junho de 2014, o novo álbum foi renomeado I'm Not Bossy, I'm the Boss, com data de lançamento em 11 de agosto. O título deriva da campanha Ban Bossy que ocorreu no início do mesmo ano. Ban Bossy é uma campanha de autocensura lançada em 2014 pela LeanIn.org. A campanha critica o uso da palavra "mandona" para descrever meninas e mulheres assertivas, propondo que a palavra é estigmatizante e pode desencorajar meninas e mulheres de buscar posições de liderança. Alex