O Rei do Terror - Primeiros anos, família, problemas pessoais e ativismo político Stephen Edwin King (Portland, 21 de setembro de 1947) é um escritor de terror, ficção sobrenatural, suspense, ficção científica. Seu pai, Donald Edwin King, um vendedor ambulante de aspiradores, nasceu em Indiana com o sobrenome Pollock, mudando-o para King quando adulto. A mãe de King era Nellie Ruth King (nascida Pillsbury). Seus pais se casaram em Scarborough, Maine, em 23 de julho de 1939. Pouco depois, eles moraram com a família de Donald em Chicago antes de se mudarem para Croton-on-Hudson, Nova York. Os pais de King retornaram ao Maine no final da Segunda Guerra Mundial, morando em uma casa modesta em Scarborough. Quando King tinha dois anos, seu pai deixou a família. Sua mãe criou ele e seu irmão mais velho, David, sozinha, às vezes sob grandes dificuldades financeiras. Quando King tinha 11 anos, sua família mudou-se para Durham, Maine, onde sua mãe cuidou de seus pais até a morte deles. Ela então se tornou cuidadora em uma instalação residencial local para deficientes mentais. King foi criado como metodista, mas perdeu a crença na religião organizada enquanto estava no ensino médio. Embora não seja mais religioso, ele diz que opta por acreditar na existência de Deus. Quando criança, King testemunhou um de seus amigos sendo atropelado e morto por um trem, embora não se lembre do acontecimento. Sua família lhe contou que depois de sair de casa para brincar com o menino, King voltou sem palavras e aparentemente em estado de choque. Só mais tarde a família soube da morte do menino. Alguns sugeriram que este evento pode ter inspirado psicologicamente algumas das suas obras mais sombrias, mas King descarta tal ideia. King era um leitor fanático dos quadrinhos da EC Comics, que estimulou seu amor pelo terror. A Entertaining Comics, mais conhecida como EC Comics, era uma editora americana de histórias em quadrinhos mais identificada com os gêneros de histórias de crime, terror, sátira, guerra e ficção científica. King diz que começou a escrever quando tinha "cerca de seis ou sete anos, apenas copiando painéis de histórias em quadrinhos e depois inventando minhas próprias histórias." Na escola, King escrevia histórias e com a ajuda de seu irmão David, as vendia aos colegas, mas seus professores desaprovaram e o forçaram a parar e devolver o dinheiro que havia ganho. King frequentou a Durham Elementary School e se formou na Lisbon High School em Lisbon Falls, Maine, em 1966. Ele contribuiu para Dave's Rag, o jornal que seu irmão publicou com uma máquina mimeográfica. A primeira de suas histórias a ser publicada de forma independente foi "I Was a Teenage Grave Robber", publicado no fanzine Comics Review em 1965; uma versão reescrita foi publicada em 1966 sob o título "In a Half-World of Terror". Quando adolescente, King também ganhou o Scholastic Art and Writing Award. King ingressou na Universidade do Maine em 1966. Ele teve vários empregos para pagar seus estudos, trabalhando como zelador, frentista de posto de gasolina e numa lavanderia industrial. Participou de um workshop de escrita, onde se apaixonou por Tabitha Spruce. Ele se formou em 1970 com bacharelado em inglês, e sua filha Naomi Rachel nasceu naquele ano. King se casou com Tabitha Spruce em 2 de janeiro de 1971. Ela também é romancista e ativista filantrópica. Os Kings têm três filhos – uma filha e dois filhos. Sua filha Naomi é ministra da Igreja Unitária Universalista em Plantation, Flórida. O Unitário-Universalismo (ou UUismo) é uma religião liberal que surgiu nos EUA, na década de 1960. Seus membros "buscam livre e responsavelmente a verdade e a compreensão". Afirma-se que é uma religião liberal por não possuir caráter doutrinário, dogmático e tampouco um credo unificado. Ambos os filhos dos Kings são autores: Joseph Hillström King, que escreve como Joe Hill (nascido em 4 de junho de 1972) e Owen King (nascido em 21 de fevereiro de 1977). King tem um histórico de abuso de álcool e outras drogas. Ele escreveu sobre sua luta contra o vício em On Writing (2000). Logo após a publicação de Carrie em 1974, a mãe de King morreu de câncer uterino; King escreveu sobre seu grave problema com a bebida nessa época, afirmando que estava bêbado enquanto fazia o elogio no funeral de sua mãe. Os vícios de King eram tão sérios durante a década de 1980 que, como ele reconheceu em On Writing, que mal consegue se lembrar de ter escrito Cujo. Pouco após a publicação de Cujo, a família e os amigos de King realizaram uma intervenção, jogando na frente dele evidências de seus vícios retiradas de seu escritório, incluindo latas de cerveja, pontas de cigarro, gramas de cocaína, Xanax e Valium. Como King relatou em On Writing, ele procurou ajuda e ficou sóbrio no final dos anos 1980. O primeiro romance que ele escreveu depois de ficar sóbrio foi Needful Things. King é um fã de longa data do Boston Red Sox. Seu livro de não ficção Faithful publicado em 2004, co-escrito com seu amigo, autor (e fã do Red Sox) Stewart O'Nan, narra as trocas entre King e O'Nan sobre a histórica temporada de 2004 do Boston Red Sox que culminou com o Red Sox vencendo a World Series de 2004, encerrando uma seca de 86 anos no campeonato. Visões políticas e ativismo Em 1984, King apoiou a campanha presidencial do Democrata Gary Hart. Em abril de 2008, King se manifestou contra o HB 1423, um projeto de lei pendente na legislatura do estado de Massachusetts que restringiria ou proibiria a venda de videogames violentos a menores de 18 anos, a fácil disponibilidade de armas, que ele acreditava serem as verdadeiras causas da violência. Durante a eleição presidencial de 2008, King apoiou Barack Obama. Em 8 de março de 2011, King discursou em um comício político em Sarasota (Flórida) dirigido contra o governador Rick Scott, expressando sua oposição ao movimento Tea Party. Em 30 de abril de 2012, King publicou um artigo no The Daily Beast pedindo aos americanos ricos, incluindo ele mesmo, que pagassem mais impostos, citando isso como "uma necessidade prática e um imperativo moral que aqueles que receberam muito deveriam ser obrigados a pagar na mesma proporção". Em 25 de janeiro de 2013, King publicou um ensaio intitulado Armas no Kindle, onde propunha um debate sobre armas após o tiroteio na escola primária Sandy Hook. King pediu aos proprietários de armas que apoiassem a proibição de armas automáticas e semi-automáticas, escrevendo: "Quando os lunáticos querem fazer guerra aos desarmados e despreparados, estas são as armas que eles usam." O ensaio se tornou o quinto título de não ficção mais vendido no Kindle. Em 2016, King foi um dos muitos escritores que assinaram uma carta condenando a candidatura de Donald Trump, começava: “Porque, como escritores, estamos particularmente conscientes das muitas maneiras pelas quais a linguagem pode ser abusada em nome do poder” e concluía “Porque a ascensão de um candidato político que apela deliberadamente aos elementos mais básicos e violentos da sociedade, que incentiva a agressão entre os seus seguidores, repreende os adversários, intimida os dissidentes e denigre as mulheres e as minorias, exige, de cada um de nós, uma resposta imediata e contundente; Por todas estas razões, nós, por uma questão de consciência, nos opomos à candidatura de Donald J. Trump à Presidência dos Estados Unidos." Em junho de 2018, King pediu a libertação do cineasta ucraniano Oleg Sentsov, que estava preso na Rússia. Nas primárias presidenciais do Partido Democrata em 2020, King apoiou a campanha de Elizabeth Warren. Warren acabou suspendendo sua campanha, e King mais tarde endossou a campanha de Joe Biden nas eleições gerais de 2020. Em 2022, durante a invasão russa da Ucrânia, King expressou apoio à Ucrânia. Em sua conta no Twitter, King postou uma foto com uma camiseta "Eu apoio a Ucrânia" e mais tarde tuitou que se recusa a cooperar com editores russos. Política do Maine King endossou Shenna Bellows na eleição de 2014 para o Senado dos EUA para a cadeira ocupada pela republicana Susan Collins. King criticou publicamente Paul LePage durante o mandato de LePage como governador do Maine, referindo-se a ele como um dos Três Patetas (sendo os outros dois o então governador da Flórida, Rick Scott e o então governador de Wisconsin, Scott Walker). Ele criticou LePage por sugerir incorretamente em um discurso de 2015 que King evitou pagar imposto de renda do Maine vivendo fora do estado durante parte do ano. A declaração foi posteriormente corrigida pelo gabinete do governador, mas nenhum pedido de desculpas foi emitido. King exigiu que LePage "se tornasse homem e pedisse desculpas". LePage se recusou a pedir desculpas a King, afirmando: "Eu nunca disse que Stephen King não pagava imposto de renda. O que eu disse foi que Stephen King não está no Maine agora. Foi o que eu disse." King enviou um tweet em 30 de junho de 2015, chamando LePage de "uma terrível vergonha para o estado em que vivo e amo. Se ele não governar, ele deveria renunciar". Em 27 de agosto de 2016, King chamou LePage de "um fanático, homofóbico e racista". A atenção atraída pelas críticas a LePage levou a esforços para encorajar King a concorrer ao cargo de governador do Maine em 2018. Porém, King disse que não iria concorrer. Alex

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