Primeira Guerra Mundial - Causas
O termo guerra mundial foi cunhado pela primeira vez em setembro de 1914 pelo biólogo e filósofo alemão Ernst Haeckel. Ele afirmou que "não há dúvida de que o curso e o caráter da temida 'Guerra Europeia' ... Irá se tornar a Primeira Guerra Mundial no sentido completo da palavra".
Ernst Heinrich Philipp August Haeckel (Potsdam, na Prússia, Alemanha, 16 de fevereiro de 1834 – Jena, 9 de agosto de 1919) foi um biólogo, naturalista, filósofo, médico, professor e artista alemão que ajudou a popularizar o trabalho de Charles Darwin e um dos grandes expoentes do cientificismo positivista.
Em outubro de 1914, a revista canadense Maclean's escreveu: "Algumas guerras se autodenominam. Esta é a Grande Guerra".
Segundo os mais recentes estudos e análises históricas, a causa imediata da Grande Guerra foi o assassinato, em Sarajevo, do arquiduque austro-húngaro Francisco Fernando pelo nacionalista sérvio Gavrilo Princip. Contudo, a questão não se resume somente a este fato, tendo diversos eventos ao longo da história com significativa contribuição para o início do conflito.
A ascensão do sentimento nacionalista
O sistema de estados, por vezes referido como o sistema da Paz da Vestfália, foi desenvolvido na Europa desde meados do século XVII. O Nacionalismo ou Patriotismo podem, em parte, ser encarados como uma expressão ideológica popular deste sistema. Para se entender o porquê de as populações europeias estarem predispostas a uma guerra em 1914, muitos historiadores acreditam ser necessário analisar as origens dessas ideologias.
No seguimento da Revolução Francesa (1789-1799), Napoleão Bonaparte tomou o poder na França. Os exércitos de Napoleão marcharam sobre toda a Europa, trazendo não só um domínio efetivo francês mas também suas ideias. O surgimento de ideais nacionalistas, devoção e amor pelas ideias de uma massa coletiva de pessoas tornou-se cada vez maior durante as Guerras Napoleónicas. Napoleão encorajou a difusão do nacionalismo, o que no seu entender "oleava" a grande "máquina de guerra" francesa. A população francesa começou a ter orgulho na sua cultura e etnia. O Mundo assistiu então pela primeira vez ao fenômeno nacionalista e assistiu ao enorme poder que os franceses dele retiraram.
O darwinismo social
No fim do século XIX, uma nova forma de pensamento surgia, emergindo do nacionalismo.
Enquanto formas anteriores de nacionalismo tinham dado ênfase na comunidade e autodeterminação, uma nova forma, o Darwinismo Social, emergia com uma tônica na competição entre diferentes grupos étnicos. Inspirado nas teorias de Charles Darwin e Herbert Spencer, o Darwinismo Social foi muito influente entre as elites políticas europeias. A nova ideologia punha a tônica na violenta luta pela existência entre "raças" e "nações" na qual as mais fracas seriam destruídas pelas mais fortes. Muitos dos líderes germânicos e austro-húngaros temiam uma inevitável batalha entre os "eslavos" e a "civilização germânica". O Darwinismo social igualmente exerceu influências na competição entre os estados pelas colônias. A Expansão Colonial em busca principalmente de matérias-primas era vista como sendo de fundamental importância no assegurar de uma vantagem econômica e militar face aos rivais.
Um aspecto importante do darwinismo social do século XIX, é o sentimento de desespero que o mesmo provocava. Para uma nação, o fato de ser vista como "não crescente" quando comparada com os seus vizinhos e rivais era como uma sentença de morte. Assim sendo, o darwinismo social injetou uma urgência, desespero e forte ansiedade sobre a derrota nas relações internacionais. A competição pelas colônias e a corrida ao poderio militar naval do princípio do século XX foram, em parte, derivados deste desespero.
As políticas domésticas do Império Alemão
Partidos de esquerda, especialmente o Partido Social-Democrata da Alemanha, tiveram grandes ganhos na eleição de 1912. Na época o governo alemão ainda era dominado pela classe dos Junkers, que temiam um grande crescimento da esquerda no país.
Junkers eram denominados os membros da nobreza constituída por grandes proprietários de terras e militares de elite nos estados alemães anteriores e durante o 2.º Reich (1871-1918).
As políticas domésticas da França
A situação na França era a oposta, com os mesmos resultados. Mais de um século depois da Revolução Francesa ainda havia uma feroz batalha entre a direita que estava no poder e a esquerda. Uma guerra externa era vista por ambos os lados como um jeito de resolver a crise. Todos acreditavam que a guerra seria rápida e de fácil vitória. A esquerda considerava o conflito como uma boa oportunidade de implementar reformas sociais; já a direita acreditava que suas ligações com o exército poderiam lhe permitir uma possibilidade de assumir o poder.
Crise na Bósnia
Em 1908, a Áustria-Hungria anunciou a anexação da Bósnia e Herzegovina, províncias dos Bálcãs. A Bósnia e Herzegovina estiveram nominalmente sob a soberania do Império Otomano, mas administrada pela Áustria-Hungria desde o Congresso de Berlim (1878), quando as Grandes Potências da Europa concederam à Áustria-Hungria o direito de ocupar as províncias — embora o título legal permanecesse com o Império Otomano. O anúncio em outubro de 1908 da anexação da Bósnia e Herzegovina pela Áustria-Hungria perturbou o frágil equilíbrio de poder nos Bálcãs, causando reação da Sérvia e os nacionalistas pan-eslávicos na Europa. Com o enfraquecimento da Rússia, o país incitou o sentimento pró-russo e anti-austríaco na Sérvia e em outras províncias dos Bálcãs, provocando temores austríacos do expansionismo eslavo na região.
A ascensão do Kaiser Guilherme II
Debaixo do comando político do seu primeiro chanceler, Otto von Bismarck, a Alemanha assegurou a sua posição na Europa por meio de uma aliança com o Império Austro-Húngaro e um entendimento diplomático com a Rússia. Bismarck iniciou uma "corrida" a inúmeras alianças e tratados de paz. De fato, assinou a paz com quase todas as nações europeias, exceto com a França. Sentia, pois, que uma guerra poderia destruir a nação recém-nascida que ele criara na década de 1860. Aquando da morte de Guilherme I, um sistema de alianças assegurava a paz na Europa.
A ascensão, em 1888, do Kaiser Guilherme II, trouxe ao trono germânico um governante mais jovem, determinado a comandar a política diretamente, apesar da sua imprudente análise diplomática. Após as eleições de 1890, nas quais os partidos do centro e de esquerda obtiveram ganhos consideráveis, e em parte também ao desagrado de herdar um chanceler que guiara o seu avô durante grande parte da sua carreira, Guilherme II engendrou a demissão de Bismarck.
Muito do trabalho de Bismarck foi desfeito nas décadas seguintes, uma vez que Guilherme II não conseguiu renovar o tratado de 1887 com a Rússia, deixando que a França republicana firmasse uma aliança com o Império Russo. No entanto, o pior ainda estaria para vir, uma vez que Guilherme II encetou esforços para a criação de uma marinha germânica que fosse capaz de ameaçar o domínio britânico dos mares, abrindo caminho para a Entente Cordiale de 1904 entre a França e Inglaterra e a sua expansão para com os russos em 1907, formando a Tríplice Entente (em oposição à Tríplice Aliança (1882), de 1882 entre a Alemanha, Império Austro-húngaro e Itália).
Assim, com Guilherme II surge a Weltpolitik, a concepção germânica de geoestratégia. Os seus aspectos nucleares baseados na raça germânica e espaço econômico demonstram uma continuidade desde a Alemanha Imperial até ao Terceiro Reich de Hitler. No entanto, os geo estrategistas imperiais, geopolíticos alemães e estrategistas nazistas não tive raram grandes contatos entre si, sugerindo que a Weltpolitik não foi copiada ou passada através sucessivos contatos, refletindo-se sim em aspectos permanentes da geografia alemã, geografia política e geografia cultural. Estiveram, pois, na sua origem os escritos de Friedrich Ratzel, Rudolf Kjellén e do general Karl Haushofer, encontrando-se a sua máxima (e final) expressão em Adolf Hitler.
As características que a definem, e diferenciam das escolas americana, britânica ou francesa de geopolítica, são a inclusão de uma teoria orgânica do estado e um choque de civilizações imposto pelo darwinismo social. É, talvez, a escola de geoestratégia mais próxima de uma noção de geoestratégia puramente nacionalista.
Os governantes da Alemanha, França, Rússia, Áustria-Hungria e do Reino Unido tentando manter a tampa do caldeirão fervente das tensões imperialistas e nacionalista nos Bálcãs para evitar uma grande guerra geral europeia. Eles foram bem sucedidos em 1912 e 1913, mas não tiveram sucesso em 1914.
Alex
Stephen Hillenburg - Carreira antes do Bob Esponja Stephen McDannell Hillenburg (Lawton, 21 de agosto de 1961 — San Marino, 26 de novembro de 2018) foi um animador, roteirista, cartunista e biólogo marinho americano, mais conhecido por ser o criador do desenho animado Bob Esponja Calça Quadrada, além de trabalhar com Joe Murray no desenho A vida moderna de Rocko, e com Arlene Klasky em Rugrats (Os anjinhos) como roteirista. Primeiros trabalhos Hillenburg fez seus primeiros trabalhos de animação, curtas-metragens The Green Beret (1991) e Wormholes (1992), enquanto estava na CalArts. The Green Beret era sobre uma escoteira com punhos enormes que derrubava casas e destruía bairros enquanto tentava vender biscoitos. Wormholes foi seu filme de tese de sete minutos, sobre a teoria da relatividade. Ele descreveu este último como "um filme de animação poético baseado em fenômenos relativísticos" em sua proposta de bolsa em 1991 para a Princess Grace Foundation, que auxilia arti...
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