Esporte Clube Vitória - Meu Sangue é Rubro-Negro
O Esporte Clube Vitória (conhecido como Vitória e cujo acrônimo é ECV) é um clube multi-esportivo brasileiro, sediado na cidade de Salvador, no estado da Bahia. Foi fundado em 13 de maio de 1899 com o nome de Club de Cricket Victoria, mudado para Sport Club Victoria, em 1902, e, finalmente, para o atual nome em 1946. Sendo o clube mais velho do nordeste e um dos mais antigos do Brasil, além de ser um dos pioneiros na pratica do futebol no país.
A década de 2000 começou da mesma forma da anterior, com outro bicampeonato estadual e mais planos de manter a hegemonia que, pela primeira vez, depois de 80 anos, voltara do rubro-negro.
O ano de 2001 foi o único da década em que o Vitória não comemorou alguma conquista. Em todos os outros, o título estadual ou uma promoção foi motivo de orgulho para os torcedores, como aconteceu nos dois anos seguintes, quando venceu os Campeonatos Baianos de 2002 e 2003, além da Copa do Nordeste de 2003.
Série B após treze anos
O ano de 2004 foi um dos anos mais irregulares e estranhos pode-se dizer assim da história do clube.
Com contratações de peso como os baianos recém campeões do mundo pela Seleção Brasileira em 2002, Vampeta e Edílson, esperava-se muito do time no ano. O começo foi empolgante, após ganhar o Baianão 2004, a Taça Estado da Bahia de 2004 e um início avassalador, ficando na ponta do Campeonato Brasileiro e chegando às semifinais da Copa do Brasil, diversos problemas, financeiros e sociais, abateram o elenco ainda no primeiro turno do Brasileirão e o Vitória entrou em queda livre e foi rebaixado para a Série B do ano seguinte.
Tetracampeonato baiano e Série C
As promessas de retornar o clube à elite no ano seguinte da diretoria foram ajudadas pelo bicampeonato da Taça Estado da Bahia e o inédito e histórico tetracampeonato Baiano em 2005, de forma invicta, com nove vitórias e 5 empates em 14 jogos, consolidando de uma vez por todas o domínio rubro-negro no estado.
Os números totais dos quatro campeonatos que conquistou são ainda mais expressivos. Em 54 jogos, o Vitória triunfou 35 vezes, empatou 13 e perdeu apenas 6 partidas, dando um aproveitamento total de mais de 72% ao time da Barra. Apesar dessas conquistas, o time sofria com sua fraca defesa.
Na Série B, apesar de ter lutado o campeonato inteiro por posições que o levariam à próxima fase do campeonato, o time entrou mais uma vez em queda livre e, das cinco últimas partidas disputadas, o rubro-negro só conquistou um ponto. Mesmo assim, as chances de cair ainda eram remotíssimas, era preciso uma combinação de, pelo menos, quatro resultados para fazer o Leão ser rebaixado.
Mas o que parecia impossível aconteceu. Junto ao seu arqui-rival Bahia, sucumbiu à vergonha de jogar a Série C pela primeira vez em sua história, terminando na 17° posição na tabela. A tragédia foi tão grande que a diretoria foi trocada, o elenco quase inteiro foi dispensado e ainda deixa suas marcas, como processos, dívidas e mágoas entre torcedores e/ou antigos funcionários do clube.
Retorno à Série A
Em 2006, o Vitória ainda sentia a tragédia e perdeu o Campeonato Baiano para o modesto Colo Colo em pleno Barradão, quebrando um tabu de quase 40 anos sem que um clube do interior conquistasse o campeonato. Mas a volta por cima ainda estava por vir. Depois de ter conquistado o tricampeonato da Taça Estado da Bahia, o Vitória, com um elenco formado basicamente por apostas e revelações, conseguiu fazer uma campanha não tão brilhante, mas melhor do que todos esperavam, se tornando vice-campeão daquele ano do Brasileirão Série C e ascendendo à Série B do ano seguinte.
No ano de 2007, o clube conseguiu manter uma regularidade quase nunca vista na sua história, permanecendo nas primeiras posições do campeonato o ano inteiro e voltando à elite do futebol brasileiro quando terminou o campeonato na 4° posição, o que significou muito para o clube, já que conseguiu subir à elite do futebol brasileiro em apenas dois anos.
Consistência na elite e Copa Sul-Americana
Em 2008, o time começou mal o Campeonato Baiano, terminando a primeira fase na terceira colocação, mas no fim do certame, o Vitória conquistou mais um bicampeonato baiano. Porém, todos só tinham em mente o retorno do Leão à Série A, depois de três anos fora.
A imprensa e público ficaram bastante surpresos com a campanha do rubro-negro.O time acabou terminando o primeiro turno em quinto lugar, a uma posição de uma vaga na Copa Libertadores. No segundo turno, devido à saída de jogadores chave no esquema do time e a desentendimentos entre jogadores e comissão técnica, o clube acabou perdendo a chance de brigar pelo torneio continental, terminando o campeonato na décima colocação, garantindo vaga na Copa Sul-Americana.
O tricampeonato estadual veio em 2009, junto com a primeira participação na Copa Sul-Americana e o segundo ano de Série A após o inferno da Série C.
O Vitória acabou não fazendo boa campanha no campeonato continental e foi eliminado nas oitavas-de final pelo desconhecido River Plate uruguaio. Na Copa do Brasil, não passou pelo Vasco da Gama, nas quartas-de-final. No Brasileirão, após um começo excelente, ficando no "G4" por 12 rodadas, acabou tendo a mesma queda livre do ano anterior, e terminou o certame em 13°, garantindo, ao menos, uma vaga na Copa Sul-Americana de 2010 pelo segundo ano consecutivo.
Em 2010, sagrou-se, pela segunda vez, tetracampeão baiano, ao derrotar novamente o Bahia na final. Com o segundo tetra consecutivo, foi, ao lado do Fortaleza, o campeão estadual da década, como o maior vencedor brasileiro de campeonatos estaduais, com oito títulos.
Na Copa do Brasil, o time baiano conseguiu chegar pela primeira vez à final da competição, decidindo o título contra o Santos, após perder por 2 a 0 na Vila Belmiro e vencer por 2 a 1 no Barradão, acabou com o vice-campeonato.
Na volta do "Nordestão", que não era realizado desde 2003, o clube conseguiu conquistar o seu quarto título regional, jogando com o time "B", ao derrotar o ABC fora de casa na final por 2 a 1.
Em seu segundo ano disputando a Copa Sul-Americana, o time conseguiu jogar bem no primeiro jogo, ganhando por 2 a 0 do Palmeiras no estádio do Barradão, porém, no jogo da volta, o rubro-negro baiano foi surpreendido com uma reação do time paulista, incentivada por mais de 20 mil torcedores no estádio do Pacaembu, onde o Palmeiras acabou vencendo a partida por 3 a 0, dando fim a chance do Vitória chegar à fase internacional da competição.
No Brasileirão, foi rebaixado ao terminar o certame na 17° colocação. Com isso, em apenas 3 anos na elite do futebol brasileiro, o Vitória voltara a disputar a Segundona.
No Campeonato Baiano do ano seguinte o time chegou até a final diante do modesto Bahia de Feira. No entanto, o que se viu naquele ano, foi o mesmo que aconteceu em 2006: o rubro-negro baiano acabou perdendo mais um título dentro do Barradão para um time do interior, o que acabou com a possibilidade do Vitória de conquistar seu pentacampeonato estadual.
Já na Segunda Divisão, o time conseguia fazer bons jogos, sempre vencendo ou empatando e ficava entre os primeiros na tabela, mas na penúltima rodada do Campeonato, onde se o Vitória ganhasse o jogo decretaria de vez sua ida para Primeira Divisão, o time acabou perdendo para o São Caetano (que brigava para não cair), o Vitória estava ganhando a partida por 1 a 0 até os 43 minutos do 2° tempo quando o São Caetano em uma reação incrível virou a partida para 2 a 1 aos 48 minutos. Diante daquela derrota, no Barradão lotado com 38 mil pessoas, o Vitória se viu mais distante de conquistar uma vaga na Série A do Campeonato Brasileiro e permaneceu mais um ano na Série B.
Em 2012, o Vitória começou no Campeonato Baiano bem, chegou às semifinais da competição com o Feirense onde conseguiu passar pelo time de Feira de Santana e chegou a final (sua 11° final consecutiva, um feito inédito) contra seu principal rival, o Bahia.
Na finalíssima, o Bahia estava com a vantagem de jogar pelo empate por ter realizado a melhor campanha no Campeonato.
O primeiro jogo, no Barradão, acabou empatado em 0 a 0. Já no jogo de volta no Pituaçu, o Vitória tinha que vencer de qualquer maneira para poder conquistar o título. Em um jogo emocionante de 6 gols, o título acabou ficando mesmo com o Bahia que depois de longos 11 anos voltava a levantar o troféu do Campeonato Baiano.
Para a disputa da Série B de 2012, um novo Vitória é formado.
Com boa parte dos jogadores vindos da divisão de base do clube, a equipe iniciou o campeonato de forma destacada, com dez vitórias e um empate nos treze primeiros jogos, mantendo-se invicto nos jogos realizados na sua casa, o Barradão, durante os sete primeiros meses do ano.
A perda da invencibilidade aconteceu no dia 3 de agosto, em partida contra o Bragantino válida pela 15° rodada. Três rodadas depois, na 18°, com o triunfo por 2 a 1 sobre o Joinville em casa, no dia 17 de agosto, o Vitória assume pela primeira vez a liderança da Série B.
Na rodada seguinte, agora enfrentando o Ceará em Fortaleza, mais uma boa vitória por 3 a 1 mantém o rubro-negro na liderança do campeonato no fechamento do primeiro turno. Com este resultado, além da manutenção da liderança, o Vitória obteve o recorde de melhor campanha num primeiro turno da Série B, desde que houve a inserção dos pontos corridos no campeonato, em 2006. Ao fim das primeiras 19 rodadas da Série B, o rubro-negro baiano somou 44 pontos, com quatorze vitórias, 2 empates e 3 derrotas, com um aproveitamento de 77% dos pontos disputados.
No segundo turno, porém, a equipe do Vitória não conseguiu manter a grande fase vivida até então, e enfrentou uma série de derrotas, principalmente nos jogos realizados longe do Estádio do Barradão. O ápice desta crise se deu no dia 21 de outubro, com a demissão do treinador Paulo César Carpegiani, que havia comandado a equipe durante toda a excelente campanha do primeiro turno. Boatos de desentendimentos internos com alguns dos principais jogadores da equipe, dentre eles o volante Uelliton – jogador do Vitória desde 2006 e que deixou o clube logo após o final da temporada – foram um dos principais fatores que culminaram na saída de Carpegiani.
Após a saída de Paulo César, Ricardo Silva voltou a assumir interinamente a equipe por algumas rodadas, dando lugar a PC Gusmão a quatro rodadas do final do campeonato. Apesar do turbulento segundo turno, o Vitória conseguiu assegurar o seu retorno à primeira divisão do futebol brasileiro depois de dois anos com um empate diante do Ceará na última rodada, frente a um Barradão lotado, e finalizou o campeonato na quarta colocação com 71 pontos, mesmo número de pontos do São Caetano, porém, o rubro-negro tinha mais vitórias na competição.
Outro grande destaque do campeonato ficou por conta da torcida rubro-negra, que obteve a melhor média de público desta edição da Série B e a nona melhor dentre todos os clubes do futebol brasileiro, com cerca de 16.192 torcedores pagantes por jogo.
Pela Copa do Brasil, a equipe superou sobretudo a desconfiança.
Após passar pelo São Domingos na fase inicial, o Rubro-Negro enfrentou o ABC.
Após empatar por 1 a 1 no jogo de ida realizado em Natal, a classificação veio no Estádio do Barradão num jogo que entrou para a história do clube. Numa atuação destacável de Neto Baiano, maior artilheiro do clube no ano e que foi autor de um hat-trick, o Vitória reverteu uma vantagem de 2 a 0 que permaneceu até os 32 minutos do 2° tempo. Aos 33, 45 e 48 minutos do 2° tempo, Neto marcou e garantiu a vaga da equipe nas oitavas-de-final.
Nas oitavas, o Vitória despachou o Botafogo em pleno Engenhão. Porém, nas quartas-de-final, o adversário, Coritiba, eliminou a equipe baiana. No primeiro jogo, em Salvador, empate sem gols. Na partida da volta, em Curitiba, o Vitória até abriu o marcador, mas não suportou a pressão e acabou sendo derrotado por 4 a 1, de virada.
Campanha "Meu Sangue é Rubro-Negro"
Durante o ano de 2012, além das boas campanhas na Série B e na Copa do Brasil, outra ação destacável do Vitória foi a campanha "Meu Sangue é Rubro-Negro".
Iniciada no dia 30 de junho, na vitória por 2 a 0 sobre o Avaí, pela 8° rodada da Série B, a campanha tinha como intuito principal incentivar os torcedores na doação de sangue. Em parceria com uma empresa de publicidade, o Vitória passou a usar, a partir deste jogo, o uniforme preto e branco, tornando-se alvinegro. As tradicionais listras vermelhas e horizontais voltaram progressivamente, de acordo com a evolução nos estoques de sangue do Hemoba (Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia).
O sucesso da campanha foi tão rápido que, contra o Bragantino, algumas rodadas depois, apenas uma faixa branca restava no uniforme da equipe. Na partida seguinte em casa, contra o Guaratinguetá, a equipe voltou a vestir a camisa totalmente rubro-negra.
A campanha obteve extremo sucesso, e superou inclusive as expectativas do clube e da agência de publicidade parceira. Segundo o departamento de marketing do Vitória, o aumento nas doações de sangue durante o período da campanha foi de 51%. O elevado índice nas doações surpreendeu também o Hemoba, que previa um acréscimo de 40%, além do próprio clube, que esperava uma elevação de apenas 25%.
Os resultados foram tão bons, que uma campanha semelhante foi feita pelo arquirrival do rubro-negro, o Bahia, algumas partidas depois.
O Bahia iniciou então a campanha "Sangue de Aço", numa partida contra o Corinthians, onde também incentivava os torcedores do clube a doarem sangue.
A importância da "Meu Sangue é Rubro-Negro" foi tamanha que o Vitória resolveu abrir um espaço no Memorial 13 de Maio, localizado no Barradão, para imortalizar a campanha.
Ao final do ano, a campanha "Meu Sangue é Rubro-Negro" recebeu alguns dos mais importantes e respeitados prêmios no ramo da publicidade brasileira, dentre eles o "Marketing Best 2012" e o "Effie Awards Brasil 2012", dentre outros.
A campanha também rendeu ao clube prêmios internacionais e reconhecimento em diversos veículos de comunicação como a NBC, BBC, Al Jazeera e Reuters, além de uma inédita publicação no livro HumanKind em versão portuguesa, que aborda a questão do marketing e criatividade no mundo dos negócios enfatizando as necessidades humanas e o que é importante para as pessoas no segmento da comunicação.
A ação também gerou lucro e economia para o Vitória. Após pesquisa realizada por uma empresa de monitoramento da informação, concluiu-se que só em mídia espontânea o clube economizou 15 milhões de reais. Na televisão, foram 900 minutos de propagandas sobre a ação, que teve duração de dois meses e um custo total de 30 mil reais.A venda das camisas envolvidas na campanha foi outro fator que determinou o grande sucesso da mesma.
Alex
Stephen Hillenburg - Carreira antes do Bob Esponja Stephen McDannell Hillenburg (Lawton, 21 de agosto de 1961 — San Marino, 26 de novembro de 2018) foi um animador, roteirista, cartunista e biólogo marinho americano, mais conhecido por ser o criador do desenho animado Bob Esponja Calça Quadrada, além de trabalhar com Joe Murray no desenho A vida moderna de Rocko, e com Arlene Klasky em Rugrats (Os anjinhos) como roteirista. Primeiros trabalhos Hillenburg fez seus primeiros trabalhos de animação, curtas-metragens The Green Beret (1991) e Wormholes (1992), enquanto estava na CalArts. The Green Beret era sobre uma escoteira com punhos enormes que derrubava casas e destruía bairros enquanto tentava vender biscoitos. Wormholes foi seu filme de tese de sete minutos, sobre a teoria da relatividade. Ele descreveu este último como "um filme de animação poético baseado em fenômenos relativísticos" em sua proposta de bolsa em 1991 para a Princess Grace Foundation, que auxilia arti...
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