Esporte Clube Vitória - Rumo ao primeiro título nacional O Esporte Clube Vitória (conhecido como Vitória e cujo acrônimo é ECV) é um clube multi-esportivo brasileiro, sediado na cidade de Salvador, no estado da Bahia. Foi fundado em 13 de maio de 1899 com o nome de Club de Cricket Victoria, mudado para Sport Club Victoria, em 1902, e, finalmente, para o atual nome em 1946. Sendo o clube mais velho do nordeste e um dos mais antigos do Brasil, além de ser um dos pioneiros na pratica do futebol no país. A temporada 2013 para o time profissional do Vitória teve início no dia 20 de janeiro, na primeira rodada da Copa do Nordeste, que retornou após dois anos e teve exatamente o rubro-negro baiano como último campeão. O bom começo de temporada da equipe foi motivador, trazendo à Toca do Leão jogadores de renome internacional como Damián Escudero, Luis Cáceres e a volta do zagueiro Victor Ramos. O rubro-negro classificou-se como líder absoluto de seu grupo. Nas quartas-de-final, contra a equipe do Ceará, mesmo após vencer por 2 a 0 em pleno Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, foi goleado por 4 a 1 no jogo de volta, terminando na 5° colocação geral do torneio. Após 27 dias de treinamentos, sem disputar nenhuma partida oficial, o Campeonato Baiano iniciou-se para o rubro-negro no dia 16 de março, num triunfo sobre o Botafogo-BA por 3 a 1. O primeiro Ba-Vi ocorreu no dia 7 de abril, em jogo que marcou a inauguração da Arena Fonte Nova (terceiro estádio concluído entre os 12 da Copa do Mundo) e foi válido pela 4° rodada do estadual. Pelo fato de ser a inauguração de um estádio para a Copa do Mundo, este clássico Ba-Vi, muito mais do que os anteriores, teve ampla exposição inclusive internacional, e foi acompanhado ao vivo por torcedores de todo o Brasil através do canal a cabo SporTV. O Vitória entrou, mais uma vez, para a história do clássico, do futebol baiano e ainda mais do novo estádio, pois além da goleada por 5 a 1 sobre o grande arquirrival Bahia, teve também o 1° gol da partida (marcado de pênalti pelo rubro-negro Renato Cajá, aos 41 minutos do 1º tempo). Outro jogador rubro-negro que também obteve grande destaque no clássico foi o argentino Maxi Biancucchi, autor do 2° gol da goleada, um belíssimo gol por cobertura, e que chegou a ser eleito um dos gols mais bonitos dos estaduais brasileiros na rodada. Apesar do mando de campo ser do rival, Maxi saiu de campo aplaudido e chegou a ter seu nome gritado nas arquibancadas. A final do Campeonato Baiano ficou marcada na história dos Ba-Vis e, novamente, da Arena Fonte Nova. Em jogo realizado no dia 12 de maio, o Vitória goleou mais uma vez o arquirrival Bahia, desta vez por 7 a 3, no primeiro jogo que decidiu o estadual. Essa foi a segunda maior goleada da história do Vitória no confronto (a maior ocorreu em 2 de julho de 1948, com um 7 a 1). No jogo de volta, o empate em 1 a 1 confirmou o 27° título baiano para o Vitória, frente a um Barradão lotado. Passada a conquista do título estadual, o Vitória dedicou-se ao jogo de volta contra o Salgueiro pela Copa do Brasil, desta vez na Arena Fonte Nova, e já com os titulares. Porém, o que se viu foi a eliminação do rubro-negro baiano, após novo empate, desta vez por 1 a 1 (o primeiro jogo tinha sido 0 a 0), resultado que classificou o time pernambucano pelo critério do gol fora de casa. Após dois anos longe da elite do futebol brasileiro, o Vitória estreou no Brasileirão no dia 25 de maio, com um empate de 2 a 2 contra o Internacional na Arena Fonte Nova. Até a pausa do campeonato por conta da realização da Copa das Confederações, o Vitória tinha somado 10 pontos, ficando na vice-liderança (atrás do Coritiba), com três vitórias, um empate e apenas uma derrota. Na volta do Brasileiro, ocorreu o retorno do tão esperado clássico Ba-Vi após 10 anos, em 21 de julho. Num jogo equilibrado dentro de campo, uma Fonte Nova cheia (quase 40.000 pagantes), o jogo acabou empatado em 0 a 0. Passada as rodadas, o clube oscilava muito, chegando a ficar inúmeras partidas sem vencer. Ao final do primeiro turno o time era apenas o 12° colocado. Diante disso, após perder as três últimas partidas que disputou (para Cruzeiro e Santos no Brasileiro e Coritiba na Sul-Americana, que causou a eliminação do Vitória da competição) o técnico Caio Júnior foi demitido na 17° rodada do Campeonato Brasileiro. Com a demissão de Caio Júnior, a diretoria logo pensou em nomes para substituí-lo. Entre os nomes cogitados estavam o com mais força, Ney Franco, que tinha sido demitido do São Paulo havia dois meses. No dia seguinte à demissão, a direção rubro-negra confirmou o que já era esperado; Ney Franco fechou com o clube até dezembro de 2014. Sua estreia como técnico do Vitória foi na 18° rodada, em 4 de setembro, contra o Flamengo, jogando no Maracanã, o time acabou perdendo a sua quarta partida consecutiva, por 2 a 1. Na rodada seguinte, o time pegou o Atlético Mineiro no Barradão, amargando um empate de 1 a 1, depois do time estar ganhando até os minutos finais do jogo. No segundo turno, o Vitória começou com um novo empate diante do Internacional por 2 a 2, em Novo Hamburgo, resultado considerado bom para os rubro-negros, pois enfrentam seu maior problema: partidas disputadas fora de casa. Nas duas rodadas seguintes, o Leão arrancou duas viradas contra o Náutico no Barradão e o Vasco da Gama em São Januário, e em seguida, empatando com o Grêmio e ganhando do Atlético Paranaense novamente fora de casa (desde a chegada de Ney Franco, a segunda consecutiva) e Goiás, na Arena Fonte Nova, aumentando uma série invicta de 7 jogos. Na 26° rodada, em 5 de outubro, o Vitória viu sua invencibilidade cair por baixo diante de uma derrota para o São Paulo. No segundo Ba-Vi do ano, disputado em 9 de outubro, na Arena Fonte Nova, o Bahia, após sucessivas partidas sem vencer o rival, acabou ganhando a partida por 2 a 0. Também nessa partida, o Bahia quebrou um tabu que durava quase dez anos: desde 2004, o Tricolor não vencia o rival na Fonte Nova, além de que desde 2011 não conseguia vencer o Vitória. Depois da derrota para o rival, o Leão superou o trauma pós-clássico e ganhou do Coritiba por 2 a 1, no Barradão. Em seguida, o Vitória enfrentou o Botafogo, adversário direto na briga pela Libertadores. O Leão ganhou por 1 a 0, ficando a seis pontos do "G-4". Na 31° rodada, em 27 de outubro, o Vitória enfrentou o Fluminense no Maracanã. Este jogo ficou marcado na história do rubro-negro, devido ter ganhado o jogo por 3 a 2, quebrando um tabu de 34 anos sem vencer o Flu no Maracanã e ficando a cinco pontos do Atlético Paranaense, primeiro time do "G-4". Duas rodadas depois, o time jogaria contra o Cruzeiro no Barradão. O Vitória jogou bem, mas perdeu muitos gols e acabou sendo derrotado por 3 a 1. O Leão viu a briga pela Libertadores ficar mais difícil após o empate de 1 a 1 contra o Criciúma, em que Dinei marcou o gol 1000 do time em campeonatos brasileiros. Telmário de Araújo Sacramento, mais conhecido como Dinei (Salvador, Bahia, 11 de novembro de 1983), é um ex-futebolista brasileiro que atuava como atacante. Seu apelido é uma referência ao ex-jogador Claudinei Alexandre Pires, também conhecido como Dinei, que fez sucesso no final da década de 90 atuando pelo Corinthians, pelas semelhanças físicas entre os dois. Com o empate, o Vitória teria de começar a depender de resultados, principalmente do título do Atlético Paranaense em cima do Flamengo pela Copa do Brasil, que poderia abrir um "G-5". O Vitória depositava suas esperanças na última rodada contra o Atlético Mineiro no Independência. O time não tomou conhecimento da força do time mineiro e abriu 2 a 0 em seis minutos. Mas no decorrer do jogo, o Leão cedeu o empate com dois gols de Ronaldinho Gaúcho e ficou sem a classificação para a Libertadores – que culminou na vitória do Botafogo sobre o Criciúma no Maracanã por 3 a 0 e conquistando a última vaga na competição – ficando em quinto lugar no certame, mas na frente de times como São Paulo, Corinthians, Internacional, Santos e do próprio Atlético Mineiro. Com a quinta colocação alcançada, o Vitória termina 2013 com a melhor campanha de um clube nordestino na era de pontos corridos no Brasileirão, iniciada em 2003. Frustração e novo rebaixamento Depois de fazer uma boa temporada em 2013, o Vitória iniciava a temporada 2014 com moral. O primeiro jogo foi pela Copa do Nordeste, contra o América de Natal. O Leão não jogou bem e foi derrotado por 3 a 0 em pleno Barradão. Apesar da derrota, o Vitória se classificou em segundo lugar no seu grupo e avançou às quartas de final. Na fase seguinte, o rubro-negro reencontrou o Ceará, aquele que eliminou o Leão da última Copa do Nordeste de forma humilhante (o Vitória tinha a vantagem de 2 a 0, mas perdeu o jogo da volta no Barradão por 4 a 1). Nesse ano, o vexame se repetiu: o Leão empatou no jogo de ida por 1 a 1 e foi goleado por 5 a 1 na volta, culminando sua eliminação. No Campeonato Baiano, o Vitória procurava o bicampeonato. Terminou na primeira colocação de seu grupo e se classificou para as semifinais. Na semifinal, pegou o Vitória da Conquista e não teve conhecimento do rival, vencendo o primeiro jogo por 2 a 1 e aplicando uma goleada por 6 a 0. Na final, o Vitória iria decidir o título estadual contra o Bahia. O Leão tinha a vantagem de dois resultados iguais, mas viu essa vantagem ir embora ao perder o primeiro Ba-Vi por 2 a 0. No jogo de volta, o rubro-negro tinha que vencer por dois gols de diferença para ser campeão. Porém, o rubo-negro empatou por 2 a 2 e perdeu o título num Pituaçu lotado. Na Copa do Brasil, o Vitória foi eliminado precocemente da competição ao empatar com o J.Malucelli nos dois jogos e perder nos pênaltis na própria casa. No Campeonato Brasileiro, após uma campanha sem brilho, que nem de longe lembrou o que aconteceu em 2013, o time acabou sendo rebaixado para a Série B de 2015, sacramentado na última rodada do Brasileiro, diante do Santos em casa, perdendo por 1 a 0, gol. O Vitória só dependia dele, bastasse ganhar o jogo e depender de empate ou derrota do Palmeiras contra o Atlético Paranaense, que se concretizou (o verdão empatou com o Atlético). O rubro-negro baiano permaneceu apenas dois anos na elite no futebol brasileiro, depois de ter subido em 2012. Pouco menos de um ano depois, após vencer a Luverdense, na Fonte Nova lotada com 41 mil pessoas, por 3 a 0, o Vitória garantiu a volta à primeira divisão no ano seguinte. Em 2016 e 2017 seria bi-campeão baiano, e em 2018 rebaixado novamente. Em 9 de setembro de 2019, o rubro-negro baiano acertou um contrato com a concessionária que administra a Arena Fonte Nova, estabelecendo o mando de campo nesse estádio em um período de três anos (até dezembro de 2021). A mudança de estádio se devia à situação financeira ruim do clube. O objetivo era aumentar o número de sócios, haja vista a localização mais acessível da Fonte Nova, no centro da Capital baiana, bem como maior capacidade de público em relação ao Barradão. O primeiro jogo como mandante na Fonte Nova aconteceu em 14 de setembro de 2019 contra o Guarani. No entanto, em 1° de outubro de 2019, após duas partidas, o clube anunciou que em "jogos de menor apelo" o mando de campo seria no Barradão. O motivo dessa mudança foi em razão do prejuízo na arrecadação do jogo contra o Atlético-GO. Em dezembro do mesmo ano, o clube desistiu de mandar novas partidas na Fonte Nova e negociou um distrato com a concessionária responsável pelo estádio. O primeiro título nacional Após o rebaixamento no Campeonato Brasileiro de 2018, o Vitória participou da Série B por três anos seguidos, até que em 2021, o clube foi rebaixado para a terceira divisão do Campeonato Brasileiro e alcançou uma das piores épocas de sua história. Mesmo cheio de desconfianças e não fazendo uma campanha tão boa quanto o esperado, o Vitória conseguiu subir de divisão ficando na quarta posição geral. Na Série B do Campeonato Brasileiro de 2023, o rubro-negro chegava sob desconfianças novamente já que havia sido precocemente eliminado do Campeonato Baiano e da Copa do Nordeste no primeiro semestre, porém, com os investimentos do presidente Fábio Mota na contratação de jogadores e a pausa de jogos para o técnico Léo Condé trabalhar, o Vitória surpreendeu logo no início do campeonato vencendo cinco jogos seguidos sem levar um único gol. Mesmo com esse ótimo começo, acreditava-se que com o passar do tempo, o clube iria decair, mas, ao manter a primeira colocação, vencer o primeiro turno e fazer um regular segundo turno, o Vitória acabou conquistando seu primeiro título nacional sem nem mesmo entrar em campo após o empate no jogo entre Guarani e Criciúma pela 36° rodada (na rodada anterior já havia garantido o acesso à elite do futebol brasileiro depois de longos cinco anos nas divisões inferiores). O jogo seguinte, contra o Sport num Barradão lotado – líder na média de público da competição com 22.842 torcedores –, foi a coroação da entrega da taça em uma temporada memorável. Alex

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