Revolução de 1930 - República de Princesa, conspiração e assassinato de João Pessoa
Revolução de 1930 foi o movimento armado, liderado pelos estados de Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul, que culminou com o golpe de Estado que depôs o presidente da República Washington Luís, em 24 de outubro de 1930, e impediu a posse do presidente eleito Júlio Prestes, pondo fim à República Velha.
República de Princesa
A Aliança Liberal também acusava Washington Luís de estar por trás de uma revolução, liderada por um coronel do sertão, o senhor José Pereira Lima, desafeto de João Pessoa. Revolução está de caráter estadual, ocorrida na cidade de Princesa, na Paraíba, iniciada em 15 de março de 1930, e que visava derrubar o presidente da Paraíba João Pessoa. O governo federal recusou-se a decretar a intervenção federal na Paraíba, alimentando a acusação de que Washington Luís estava envolvido.
O episódio ficou conhecido como a "República de Princesa", que só foi dominada pelo governo da Paraíba em agosto de 1930. O combate à "República de Princesa" foi liderado por José Américo de Almeida, e encerrado quando as tropas de José Pereira entregaram suas armas ao Exército Brasileiro em 19 de agosto de 1930. A "República de Princesa" foi a última revolução de âmbito estadual da República Velha.
José Pereira Lima (Princesa, 4 de dezembro de 1884 — Recife, 13 de novembro de 1949), também conhecido como "coronel" Zé Pereira, foi um chefe político da cidade de Princesa (atualmente Princesa Isabel) no sertão paraibano entre 1905 e 1930, tendo sido deputado estadual da Paraíba por quatro mandatos consecutivos entre 1916 e 1930. Considerado uma das figuras mais representativas do mandonismo da República Velha, José Pereira foi um dos mais influentes donos de terra do Nordeste, possuindo forte interlocução com figuras políticas estadual e federalmente.
Inicialmente aliado ao grupo político de Epitácio Pessoa e de seu sobrinho João Pessoa, rompe a aliança em fevereiro de 1930 depois de vários desentendimentos com o governo do estado. O rompimento deu origem a um conflito, conhecido como a Revolta ou Guerra de Princesa, durante a qual foi unilateralmente proclamada a independência do Território de Princesa. Com o advento da Revolução de 1930 em outubro, José Pereira é forçado a viver na clandestinidade até 1934, quando é beneficiado pela anistia do governo Vargas.
A conspiração
A partir da recusa da maioria dos políticos e tenentes da Aliança Liberal de aceitar o resultado das urnas, iniciou-se uma conspiração, com base no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais, com a intenção de não permitir que Júlio Prestes assumisse a presidência, o que deveria ocorrer em 15 de novembro. No nordeste do Brasil, o tenente Juarez Távora, que havia fugido da prisão em janeiro de 1930, organizava, na clandestinidade, a revolução.
Osvaldo Aranha comprou dezenas de milhares de armas na Tchecoslováquia, para equipar os apoiadores civis da revolução. A compra foi financiada 50% com dinheiro do Rio Grande do Sul, 37,5% com dinheiro de Minas Gerais e 12,5% com dinheiro da Paraíba.
Esta conspiração sofreu um revés em 10 de maio, quando morreu, em acidente aéreo, o tenente Antônio Siqueira Campos. Siqueira Campos era um bom articulador político e fazia o contato com militares estacionados em São Paulo. Com sua morte, acabou praticamente o ímpeto revolucionário entre os militares estacionados em São Paulo.
Em 29 de maio de 1930, a conspiração sofreu outro revés, com Luís Carlos Prestes, que deveria ter sido o comandante militar da revolução de 1930, mas abdicou do comando para apoiar o comunismo.
O comandante militar secreto da revolução ficou sendo então o tenente-coronel Pedro Aurélio de Góis Monteiro. Em 1 de junho, Getúlio lança um manifesto acusando irregularidades nas eleições de 1 de março, porém não clama por revolução, assim como em sua última mensagem anual, como presidente do Rio Grande do Sul, ao poder legislativo gaúcho.
Em 18 de julho, foram destruídos (na época se dizia empastelados) o jornal "prestista" e o da Concentração Conservadora, Folha da Noite, em Belo Horizonte, por um grupo de "aliancistas" que chamavam Antônio Carlos de covarde, e que pediam abertamente a revolução.
Começava, então, a concretizar-se o temor de Antônio Carlos, de que haveria uma revolução violenta que fugiria ao controle dos políticos da Aliança Liberal.
O assassinato de João Pessoa
No dia 26 de julho de 1930, João Pessoa, então presidente da Paraíba, foi assassinado por João Duarte Dantas, no Recife, por questões de ordem pessoais.
João Duarte Dantas, cuja família era inimiga política de João Pessoa, tivera o escritório de advocacia havia sido arrombado, no escritório de João Dantas, um cofre onde se encontravam cartas e poemas de amor da escritora Anayde Beiriz, que foram divulgados e considerados escabrosos. Alguns livros de história afirmam que a correspondência foi publicada no jornal oficial do governo estadual, A União.
Outros dizem que as cartas apenas circularam de mão em mão. De qualquer forma, tornaram-se públicas. Foi um escândalo.
No dia 26 de julho, quando João Pessoa estava com amigos na Confeitaria Glória, no Recife, João Dantas vingou-se: acompanhado de um cunhado, disparou dois tiros contra o peito do presidente da Paraíba, dizendo: "Sou João Dantas, a quem tanto humilhaste e maltrataste".
João Duarte Dantas foi preso e levado para a Casa de Detenção do Recife, onde foi espancado e morto. João Dantas dissera que matara João Pessoa para defender sua honra. Oficialmente, suicidou-se.
Anayde foi encontrada morta em 22 de outubro, por envenenamento, na capital pernambucana. Outro suposto suicídio.
Apesar de totalmente desvinculado da eleição de Júlio Prestes, o episódio do assassinato de João Pessoa foi o estopim que deflagrou a mobilização armada dos partidários de Getúlio e da Aliança Liberal.
O corpo de João Pessoa foi embarcado em um navio, no Recife, em 31 de julho de 1930, para ser enterrado, em 18 de agosto, no Rio de Janeiro. Tanto no Recife como no Rio de Janeiro houve missas solenes e discursos inflamados, colocando a culpa no governo de Washington Luís pela morte de João Pessoa. No Recife ocorreu um enorme tiroteio. O Largo de São Francisco, em São Paulo, foi palco de um conflito de estudantes no dia 17 de agosto, quando homenageavam João Pessoa; houve tiros, um morto e vinte feridos, com intervenção da polícia e do exército.
O Presidente da República não se defendia das acusações. Washington Luís fora avisado, repetidas vezes pelos seus assessores, de que havia um movimento subversivo em marcha visando derrubá-lo do poder. Washington Luís, porém, não tomou nenhuma medida preventiva para impedir a revolução.
Alegorias dos três estados partidários da Revolução de 1930.
Alex
Stephen Hillenburg - Carreira antes do Bob Esponja Stephen McDannell Hillenburg (Lawton, 21 de agosto de 1961 — San Marino, 26 de novembro de 2018) foi um animador, roteirista, cartunista e biólogo marinho americano, mais conhecido por ser o criador do desenho animado Bob Esponja Calça Quadrada, além de trabalhar com Joe Murray no desenho A vida moderna de Rocko, e com Arlene Klasky em Rugrats (Os anjinhos) como roteirista. Primeiros trabalhos Hillenburg fez seus primeiros trabalhos de animação, curtas-metragens The Green Beret (1991) e Wormholes (1992), enquanto estava na CalArts. The Green Beret era sobre uma escoteira com punhos enormes que derrubava casas e destruía bairros enquanto tentava vender biscoitos. Wormholes foi seu filme de tese de sete minutos, sobre a teoria da relatividade. Ele descreveu este último como "um filme de animação poético baseado em fenômenos relativísticos" em sua proposta de bolsa em 1991 para a Princess Grace Foundation, que auxilia arti...
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