História econômica do Brasil - Período pré-colonial até o período colonial A economia do Brasil é historicamente a maior da América Latina e do hemisfério sul e a segunda maior do continente americano, atrás apenas da economia dos Estados Unidos em termos nominais. Classificada como economia mista em desenvolvimento de renda média-alta, é, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), a nona maior economia do mundo em 2023. Período pré-colonial (1500–1530) Ao contrário das fartas riquezas metálicas encontradas pelos espanhóis nas terras recém-descobertas por eles na América, nada havia de muito interessante para os portugueses na "Terra de Santa Cruz", além de papagaios, macacos e uma "madeira de tingir", que já era conhecida no Oriente e que podia alcançar altos preços na Europa. Terra de Santa Cruz, Ilha de Vera Cruz, ou ainda Terra de Vera Cruz foi o nome dado a porção de terra americana descoberta pelos portugueses em 1500, que atualmente corresponde à costa nordeste do Brasil. As limitações da cartografia da época indicavam que o território correspondente hoje ao Brasil era uma grande ilha no caminho para as ilhas Molucas, na Oceania, e para as Índias Orientais, o grande objetivo das Navegações Portuguesas. A posse da até então Ilha de Vera Cruz era uma forma de assegurar e auxiliar as futuras navegações, devido à grande concorrência espanhola. A troca do nome de Terra de Santa Cruz para Brasil não foi uma mudança formal, mas sim o resultado de um processo de transformações socioeconômicas decorrentes da colonização realizada pela monarquia portuguesa sobre o território brasileiro em que o pretexto da disseminação da religião católica é rapidamente suplantado pela exploração econômica. Isso fica evidenciado por meio da manifestação de cronistas dos séculos XVI, como Damião de Góis e João de Barros. Com a criação formal do Estado do Brasil em 1549, o nome se consolida definitivamente como denominação para se referir à área colonizada por Portugal no continente americano. Logo depois da descoberta do Brasil pelos europeus, expedições portuguesas se seguiram para explorar o território e extrair toras de pau-brasil. No entanto, os portugueses não estavam sozinhos nos mares, e corsários das nações não contempladas no Tratado de Tordesilhas — ingleses, holandeses e principalmente franceses também passaram a frequentar a costa brasileira. Tratado de Tordesilhas foi um acordo internacional assinado na povoação castelhana de Tordesilhas em 7 de junho de 1494, celebrado entre o Reino de Portugal e a Coroa de Castela para dividir as terras "descobertas e por descobrir" por ambas as Coroas fora da Europa. Este tratado surgiu na sequência da contestação portuguesa às pretensões da Coroa de Castela, resultantes da viagem de Cristóvão Colombo, que um ano e meio antes chegara ao chamado Novo Mundo, reclamando-o oficialmente para Isabel, a Católica (1474-1504). A extração do pau-brasil era feita com o auxílio da mão de obra nativa, na base do escambo, em que os europeus forneciam objetos de pouco valor na Europa, mas que, exerciam um grande fascínio sobre os nativos, pois estes viviam numa sociedade de caça e coleta: manufaturados relativamente comuns dos europeus alcançavam cotações altas no escambo. Por vezes, foram construídas feitorias para proteção contra navios inimigos e para armazenar as toras até o transporte, mas o saldo foi de grande devastação das matas costeiras e nenhum núcleo de povoamento europeu permanente. Período colonial Na década de 1530, estava claro para o rei João III (Lisboa, 7 de junho de 1502 – Lisboa, 11 de junho de 1557), apelidado de "o Piedoso", foi o Rei de Portugal e Algarves de 1521 até sua morte. Era o filho mais velho do rei Manuel I e sua segunda esposa a infanta Maria de Aragão e Castela, tendo ascendido ao trono apenas contando dezenove anos - que a soberania do Papa e os guarda-costas itinerantes não seriam suficientes para afugentar os franceses que, cada vez mais, insistiam nas suas possessões americanas. Foi, então, a ameaça da possível fixação francesa nas terras brasileiras que o induziu a defendê-las por um processo mais amplo e seguro: promover a ocupação efetiva através do povoamento e colonização. Mas, para isso, ocorria uma dificuldade: ninguém se interessava pelo Brasil. A não ser os traficantes de madeira - e estes mesmos já começavam a abandonar uma empresa cujos proveitos iam em declínio -, ninguém se interessara seriamente, até então, pelas novas terras; menos ainda para habitá-las. Todas as atenções de Portugal estavam voltadas para o Oriente, cujo comércio chegara neste momento ao apogeu. Nem o Reino contava com população suficiente para sofrer novas sangrias; os seus parcos habitantes, que não chegavam a dois milhões, já suportavam com grande sacrifício as expedições orientais. Nessas condições, a colonização não se efetivaria sem grandes incentivos, o que o Rei deu, renunciando a seus poderes soberanos em benefício de seus súditos que se dispusessem a arcar com os custos e o risco da colonização. Em 1534, o sistema adotado foi o das capitanias hereditárias, das quais apenas Pernambuco, no Nordeste, e São Vicente, na extremidade meridional do Brasil, conseguiram vencer as dificuldades iniciais e "tornar-se centros de crescimento populacional e econômico relativamente importantes. As demais, ou foram abandonadas em consequência de ataques indígenas, ou vegetaram numa obscuridade total, com pequeno número de colonos que mantinham uma posição precária em locais isolados da faixa litorânea". As capitanias hereditárias foram uma forma de organização da colonização portuguesa no território brasileiro. O rei Dom João III dividiu o litoral brasileiro em capitanias e as doou a donatários que eram pequenos nobres portugueses. Índios brasileiros coletando pau-Brasil, o ciclo do pau-Brasil foi o primeiro ciclo econômico do país. Alex

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