Belo Horizonte - Problemas Belo Horizonte é um município brasileiro e a capital do estado de Minas Gerais. Sua população é de 2 315 560 habitantes, segundo o censo de 2022, sendo o sexto município mais populoso do país, o terceiro da Região Sudeste e o primeiro de seu estado. Com uma área de aproximadamente 331 km², possui uma geografia diversificada, com morros e baixadas. Cercada pela Serra do Curral, que lhe serve de moldura natural e referência histórica, foi planejada e construída para ser a capital política e administrativa do estado mineiro sob influência das ideias do positivismo, num momento de forte apelo da ideologia positivista no país. O positivismo defendia que apenas os conhecimentos científicos eram verdadeiros. Áreas verdes e problemas ambientais O Parque Municipal Américo Renné Giannetti é o mais antigo jardim público da cidade, inspirado nos parques franceses construídos durante a Belle Époque. A Belle Époque foi um período de paz, progresso e desenvolvimento tecnológico que ocorreu na Europa entre 1871 e 1914, ano em que eclodiu a Primeira Guerra Mundial. O termo Belle Époque, que significa "bela época" em francês, só surgiu após o conflito armado. Algumas características da Belle Époque foram: Avanços científicos e tecnológicos que facilitaram a vida cotidiana. Política de estabilidade econômica que impulsionou o crescimento do comércio e da urbanização. Desenvolvimento da indústria do divertimento, com a construção de parques de diversão e cinemas. A França como capital cultural do continente, com grandes reformas em Paris, como a construção da Torre Eiffel. No Brasil, a Belle Époque ocorreu no início do século XX e se estendeu até os anos de 1920. Algumas cidades brasileiras, como São Paulo, Rio de Janeiro e Brusque, tentaram entrar na modernidade durante esse período. O Parque Municipal Américo Renné Giannetti foi inaugurado em 1897, no terreno da antiga Chácara do Sapo, que pertencia a Aarão Reis, engenheiro responsável pelo planejamento de Belo Horizonte. São 50 espécies de árvores, emolduradas pelos arranha-céus do centro. Abriga ainda o orquidário municipal. No pé da Serra do Curral está localizada a maior área verde remanescente de Belo Horizonte, o Parque das Mangabeiras, um dos maiores parques urbanos da América Latina, possuindo 2,3 milhões de metros quadrados (m²). O Parque Ecológico Promotor Francisco Lins do Rego, ou Parque Ecológico da Pampulha, está localizado na Ilha da Ressaca, na Lagoa da Pampulha. Ocupa uma área de 300 000 m² quadrados, sendo outra importante área verde da capital. O Parque do Museu de História Natural da Universidade Federal de Minas Gerais foi criado em 1968 e ocupa uma área de 600 000 m², abrigando vários exemplares da flora (pau-brasil, sapucaia, barriguda) e fauna (mico-estrela, macaco-prego, saracura, jacu) originais da Mata Atlântica regional, que podem ser observados nas trilhas. Muitos destes parques são de responsabilidade do governo municipal. A Prefeitura de Belo Horizonte criou em 1983 a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, com atribuições relativas à gestão da política ambiental do município, onde estão incluídas as funções de licenciamento, fiscalização, desenvolvimento e educação ambiental, além da administração dos parques, praças e jardins. Em 1985 foi instituído o Conselho Municipal de Meio Ambiente (COMAM), órgão colegiado, com função normativa e deliberativa, composto por representantes de diversos setores da sociedade. Belo Horizonte é uma das capitais mais arborizadas do país, sendo este um dos motivos de ter recebido o título de "Cidade Jardim". São aproximadamente 560 mil árvores na área urbana, número que sobe para dois milhões, quando considerados os parques e áreas de preservação. Ao todo são 27 parques, acrescentando-se cerca de 500 praças e diversas áreas verdes. A capital mineira possui o dobro do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de áreas verdes. Apesar disso, o município preserva pouco de sua vegetação original e, como ocorre em toda a região metropolitana, grande parte dos ambientes naturais foram extensamente modificados pelo homem. O desmatamento decorrente da expansão urbana muito colaborou com a destruição da Mata Atlântica de Belo Horizonte, bioma onde a cidade está localizada. Com o desenvolvimento industrial, também houve uma grande piora na qualidade do ar nos últimos anos. A Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) é a que mais emite ozônio no Brasil, segundo pesquisa divulgada pelo IBGE. Enquanto o padrão do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) é de emissão de 160 mg/m³ por ano, a RMBH emite anualmente cerca de 300 mg/m³, ganhando até mesmo de São Paulo, com 279 mg/m³. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) do município é considerado alto, de acordo com dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Segundo dados do relatório de 2010, divulgados em 2013, seu valor era de 0,810, sendo o segundo maior de Minas Gerais, depois de Nova Lima (0,813), e o vigésimo do Brasil. Considerando-se apenas o índice de longevidade, seu valor é de 0,856, o valor do índice de renda é de 0,841 e o de educação é de 0,737.[102][6] A Avenida Presidente Antônio Carlos, importante via de Belo Horizonte, cercada por favelas De 2000 a 2010, a proporção de pessoas com renda domiciliar per capita de até 140 reais reduziu em 59,3%. Em 2010, 95,6% da população vivia acima da linha de pobreza, 3% encontrava-se entre as linhas de indigência e de pobreza e 1,4% estava abaixo da linha de pobreza.[104] No mesmo ano, o índice de Gini era de 0,60 e os 20% mais ricos eram responsáveis por 65% no rendimento total municipal, valor quase 23 vezes superior à dos 20% mais pobres, que era de 2,85%.[102] Segundo dados do início da década de 1990, Belo Horizonte possuía 132 favelas, que ocupavam uma área de 10 046 575 m² e abrigavam uma população de 346 480 habitantes. O surgimento dessas favelas ocorreu junto com a criação da cidade. Os trabalhadores que foram para Belo Horizonte com objetivo de construir a cidade moravam precariamente em acampamentos, canteiros de obras, favelas, vilas e aglomerados. Os operários que não foram contemplados com lotes, como foram os funcionários públicos e comerciantes daquela época, organizavam-se naqueles terrenos.[105]

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