Quem é Bashar al-Assad? Família Bahar Hafez al-Assad (Damasco, 11 de setembro de 1965) é um político sírio que foi presidente da Síria e secretário-geral do Partido Baath de 2000 a 2024, quando foi derrubado do poder pela oposição síria após uma guerra civil de quase quatorze anos. Bashar Hafez al-Assad nasceu em Damasco em 11 de setembro de 1965. Ele é o segundo filho de Anisa Makhlouf e Hafez al-Assad; "al-Assad" em árabe significa "o leão". O avô paterno de Bashar, Ali (1875 - 1963), era conhecido por proteger os fracos e, na década de 1920, ajudou refugiados que fugiam da antiga província de Alepo quando a França deu partes dela à Turquia. Por suas realizações, Ali foi chamado de al-Assad ("o Leão") por seus companheiros alauitas, e fez do apelido seu sobrenome em 1927. Ele era um dos poucos alauitas alfabetizados em sua aldeia; os alauitas formam um grupo étnico-religioso do Oriente Médio, presente sobretudo na Síria, país em que constituem cerca de 15% da população, ou seja, cerca de 3 milhões, e dominam (ou dominaram) as estruturas políticas. Bashar al-Assad é fluente em inglês e possui habilidades básicas de conversação em francês, de quando estudou na Escola de Liberdade Franco-Árabe em Damasco. Casou-se com Asma Al-Akhras em dezembro de 2000, uma cidadã britânica de ascendência síria que nasceu em Acton. Em 2001, Asma deu à luz seu primeiro filho, Hafez, em homenagem a seu avô, Hafez al-Assad. Hafez Bashar al-Assad formou-se no verão de 2023 na Universidade Estadual de Moscou com uma tese de mestrado em teoria dos números. A filha deles, Zain, nasceu em 2003, e o segundo filho, Karim, em 2004. A irmã de Bashar, Bushra al-Assad, e a mãe, Anisa Makhlouf, deixaram a Síria em 2012 e 2013, respectivamente, para viver nos Emirados Árabes Unidos. Então Anisa Makhlouf retornou a Damasco e morreu em 2016. O pai de Bashar, Hafez al-Assad, nasceu em uma família rural empobrecida de origem alauíta e subiu na hierarquia do Partido Ba'ath para assumir o controle do ramo sírio do Partido no Movimento Corretivo. O Movimento Corretivo, foi um golpe de estado militar sem derramamento de sangue liderado pelo general Hafez al-Assad em 13 de novembro de 1970 na Síria. Assad proclamou sustentar e melhorar a "linha nacionalista socialista" do estado e do partido Ba'ath. O partido Ba'ath adotou uma revisão ideológica, absolvendo-se da doutrina de Salah Jadid de exportar revoluções. A nova doutrina enfatizou a derrota de Israel, desenvolvendo o exército sírio com o apoio da União Soviética. Assad governaria a Síria até a sua morte em 2000, tendo sido sucedido pelo seu filho Bashar al-Assad, que por sua vez governou até ao colapso do seu regime em dezembro de 2024. Hafez promoveu seus apoiadores dentro do Partido Ba'ath, muitos dos quais também eram de origem alauíta. Após a revolução, os homens fortes alauítas foram instalados, enquanto sunitas, drusos e ismaelitas foram removidos do exército e do partido Ba'ath. O governo militar de 30 anos de Hafez al-Assad testemunhou a transformação da Síria em uma ditadura dinástica. O novo sistema político foi liderado pelas elites do partido Ba'ath dominadas pelos alauítas, que eram fervorosamente leais à família Assad e controlavam os militares, as forças de segurança e a polícia secreta. Bashar tinha cinco irmãos, três dos quais já faleceram. Uma irmã chamada Bushra morreu na infância. O irmão mais novo de Bashar, Majd, não era uma figura pública e pouco se sabe sobre ele, além de que ele tinha deficiência intelectual, e morreu em 2009 após uma "longa doença". Ao contrário de seus irmãos Bassel e Maher, e de sua irmã, também chamada Bushra, Bashar era quieto, reservado e não tinha interesse político ou militar. Os filhos de Assad raramente o viam, e Bashar afirmou mais tarde que só entrou no escritório de seu pai uma vez enquanto ele era presidente. Bashar recebeu sua educação primária e secundária na Escola Árabe-Francesa al-Hurriya em Damasco. Em 1982, ele se formou no ensino médio e depois estudou medicina na Universidade de Damasco. Em 1988, Bashar al-Assad se formou na faculdade de medicina e começou a trabalhar como médico do exército no Hospital Militar Tishrin, nos arredores de Damasco. Quatro anos depois, ele se estabeleceu em Londres para iniciar a sua pós-graduação em oftalmologia no Western Eye Hospital. Ele foi descrito como um "nerd" durante seu tempo em Londres. Bashar tinha poucas aspirações políticas, e seu pai estava preparando o irmão mais velho de Bashar, Bassel al-Assad (1962-1994), como o futuro presidente. Pouco depois da morte de Bassel em um acidente de carro em 1994, Bashar foi chamado de volta ao Exército Sírio. A propaganda estatal logo começou a elevar a imagem pública de Bashar como "a esperança das massas" para preparar o público para a continuação do governo da dinastia Assad. Nos seis anos e meio seguintes, até sua morte em 2000, Hafez preparou Bashar para assumir o poder. O general Bahjat Suleiman, um oficial das Companhias de Defesa, foi encarregado de supervisionar os preparativos para uma transição suave. Primeiro, o apoio a Bashar foi construído nos serviços militares e de segurança. Em segundo lugar, a imagem de Bashar junto ao público foi consolidada. Finalmente, Bashar foi apresentado aos mecanismos de gestão do país. Para estabelecer suas credenciais no exército, Bashar entrou na academia militar de Homs em 1994 e foi impulsionado através das fileiras para se tornar um coronel da Guarda Republicana Síria de elite em janeiro de 1999. Para estabelecer uma base de poder para Bashar no exército, antigos comandantes divisionais foram empurrados para a aposentadoria, e novos oficiais jovens e alauitas com lealdade a ele tomaram seus lugares. Em 1998, Bashar assumiu o comando dos Assuntos do Líbano na Síria, que desde a década de 1970 era administrado pelo vice-presidente Abdul Halim Khaddam, que até então era um potencial candidato à presidência. Ao assumir o comando dos assuntos sírios no Líbano, Bashar conseguiu afastar Khaddam e estabelecer sua própria base de poder na Síria. No mesmo ano, após pequenas consultas com políticos libaneses, Bashar instalou Emile Lahoud, um aliado leal, como presidente do Líbano. Paralelamente à sua carreira militar, Bashar estava envolvido em assuntos públicos. Ele recebeu amplos poderes e se tornou chefe do departamento para receber reclamações e apelos de cidadãos, e liderou uma campanha contra a corrupção. Bashar também se tornou o presidente da Sociedade Síria de Computação e ajudou a introduzir a internet na Síria, o que ajudou sua imagem como um modernizador e reformador. A família Assad, em 1993. Em primeiro plano estão Hafez e sua esposa Anisa. Na última fila, da esquerda para a direita: Maher, Bashar, Basil, Majd e Bushra. Alex