Assombrações de verdade não comem brócolis Eu sempre irei me lembrar o quão lindo era rastejar e sofrer por você, quão suave era o veneno que engolia para te ver sorrir. Uma atração fatal e uma ferida infectada me ligavam a você. Havia um sentimento de fim em nossos olhos cansados, mas preferia ficar cego a lhe ver se se afastar de mim. Havia um desprezo tão impar e triste no seu olhar, se'u já não bebesse, haveria momento melhor para começar? O copo meio cheio ou meio vazio realmente importa? Afinal, otimismo e pessimismo não passam de conceitos criados por humanos! Você dizia: Eu, tal qual um bom café, sem um fundo de amargor, perco a graça. Eu tenho o vício de cravar espinhos nas palmas de minhas mãos e um desejo vil por me deixar devorar por tudo que alimenta meu castigo, sou'm um suicida preso num lixão caçando borboletas que se lembrem de como era ser uma lagarta e no subsolo do inferno, o sol é uma gigante vermelha, onde ninguém ouviu falar da Iliada de Homero. Se'u fosse mais sábio, talvez a vida não me parecesse um pesadelo constante, em que a única maneira de sonhar era na companhia de um narcótico. Mas, quando se vive no limite por tanto tempo, o tempo vira um carrossel sem dono onde a foice da morte bate na madrugada fria em que os mortos perdem seus ossos e viver é apenas aceitar as pequenas mortes que temos antes de sabermos não se existe vida após a morte, mas se nos sentimos vivos antes da morte. Alex

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog