São Paulo São Paulo é um município brasileiro, capital do estado homônimo e principal centro financeiro, corporativo e mercantil da América Latina. É a cidade mais populosa do Brasil, do continente americano, da lusofonia e de todo o hemisfério sul, e a quinta mais populosa do mundo, enquanto sua região metropolitana, com cerca de 20,7 milhões de habitantes, é a sétima maior aglomeração urbana do planeta. Problemas ambientais A poluição do ar no município é intensa, devido principalmente à enorme quantidade de automóveis que circulam diariamente em suas ruas, avenidas e rodovias. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece um limite de 20 microgramas de material particulado por metro cúbico de ar como uma média anual segura. Em uma avaliação realizada pela OMS entre mais mil cidades ao redor do mundo em 2011, a cidade de São Paulo foi classificada na 268.ª posição entre as mais poluídas, com uma taxa média de 38 microgramas por metro cúbico, índice bastante superior ao limite imposto pela organização, mas inferior ao de outras cidades brasileiras, como o Rio de Janeiro (64 microgramas por metro cúbico).[75] Um estudo de 2013 apontou que a poluição atmosférica na cidade causa mais mortes do que os acidentes de trânsito.[76] Além da poluição atmosférica, o município tem sérios problemas devido à poluição hídrica, concentrada principalmente em seus dois principais rios: o rio Tietê, altamente degradado e um dos rios mais poluídos do país, e o rio Pinheiros.[77] No entanto, ambos passam pelo processo de despoluição, tendo o Projeto Tietê sido criado em 1992 e já custou 2,7 bilhões de dólares;[78] do mesmo modo, já foram gastos, em 25 anos desde seu lançamento até 2021, cerca de 28,5 bilhões de reais em projetos de recuperação do segundo.[79] Em 2019, foi criado o Projeto Novo Rio Pinheiros, sob a administração de João Doria, cujo intuito é reduzir o esgoto lançado em afluentes, melhorar a qualidade das águas e revitalizar as margens até 2026; a previsão inicial era até 2022.[80][81] O problema do abastecimento equilibrado de água para a cidade — e para a metrópole, de uma forma geral — também se configura como questão preocupante: São Paulo possui poucas fontes de água em seu próprio perímetro, tendo de buscá-la em bacias hidrográficas distantes. O problema da poluição da água também é agravado pela ocupação irregular das áreas de mananciais, ocasionada pela expansão urbana, impulsionada pela dificuldade de acesso à terra e à moradia em áreas centrais por parte da população de baixa renda[82] e associada à especulação imobiliária e precariedade nos novos loteamentos. Com isto, também ocorre uma sobrevalorização do transporte individual sobre o transporte coletivo — levando à atual taxa de mais de um veículo para cada dois habitantes e agravando o problema da poluição ambiental.[83] De modo a abrandar os impactos causados em zonas de alagamento, São Paulo, no período de 2020 a 2023, criou 320 jardins de chuva com uma área total de 86.767 metros quadrados, a maior rede de jardins de chuva da América Latina. Em 2023, durante a COP-28, a prefeitura da cidade comprometeu-se em investir mais de 15 bilhões de reais em áreas de sustentabilidade, como cobertura vegetal, energia limpa, agricultura urbana e redução de gases do efeito estufa.[84] Parques e biodiversidade Ver artigo principal: Parques da cidade de São Paulo Parque Estadual da Cantareira, parte da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde de São Paulo Zoológico de São Paulo no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga São Paulo está localizada em uma área de ecótono entre 3 biomas: floresta ombrofila mista, floresta ombrófila densa e cerrado; este último apresentava algumas espécies vegetais nativa dos pampas na cidade. Ocorriam diversas espécies típicas de ambos os biomas, dentre elas podemos citar: araucárias, pitangueiras, cambucís, ipês, jabuticabeiras, palmeiras jerivás, muricís-do-campo, jequitibá-branco, etc.[85] Atualmente, pouco resta da vegetação original da cidade e a maior parte que é plantada nas ruas, praças e parques é de origem exótica e também brasileira mas de outras regiões.[86][87] Algumas dessas espécies são até invasoras e acabam ameaçando e invadindo áreas de vegetação nativa preservada.[88] Até em 2017, São Paulo possuía 106 parques municipais e 7 estaduais,[89] como o Parque Estadual Turístico da Cantareira, parte da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde de São Paulo e que abriga uma das maiores florestas urbanas do planeta com 7 900 hectares de extensão,[90] o Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, o Parque Ibirapuera, o Parque Ecológico do Tietê, a Área de Proteção Ambiental Capivari-Monos, o Parque Estadual da Serra do Mar, o Parque Anhanguera, o Parque Villa-Lobos, o Parque do Povo e o Parque Estadual do Jaraguá, tombado como Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1994.[91] No município é possível observar pássaros florestais que geralmente aparecem na primavera, devido ao cinturão de mata nativa que ainda cerca a região metropolitana. Espécies como o sabiá-laranjeira, sanhaço, bem-te-vi e colibri são as mais comuns. Apesar da intensa poluição, os principais rios da cidade, o Tietê e o Pinheiros, abrigam várias espécies de animais como capivaras, gaviões, quero-quero, garças africanas e ratões do banhado. Outras espécies encontradas no município são o veado-catingueiro, bugio, tucano-de-bico-verde e pavão-do-mato.[92] Em 2023, possuía mais de 54% de áreas verdes de seu território total,[93] distribuídas em mais de 35 mil hectares, acima dos 12 m² por habitante recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS),[94] sendo a capital mais sustentável do país, de acordo com o Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades (IDSC) de 2023.[84]

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