Orcas As orcas, apesar de serem golfinhos, são comumente chamadas de "baleias assassinas", desde a década de 1960, o uso de "orca" em vez de "baleia-assassina" tem crescido constantemente no uso comum. Reconhecível por seu corpo com padrão preto e branco, a orca é uma espécie cosmopolita, encontrada em diversos ambientes marinhos, das regiões antárticas aos mares tropicais. A primeira descrição da espécie foi feita por Plínio, o Velho, o qual a descrevia como um monstro marítimo feroz. Orcas são predadores de topo da cadeia alimentar, se alimentam de peixes, raias, focas, outros golfinhos, outras baleias e tubarões. Caio Plínio Segundo (Como, 23 — Estábia, 79), conhecido também como Plínio, o Velho, foi um naturalista romano. O termo naturalista refere-se ao indivíduo estudioso das ciências naturais, notadamente botânica, zoologia e geologia. Orcas geralmente não são uma ameaça aos humanos, e nenhum ataque fatal foi documentado em seu habitat natural. Houve casos de orcas em cativeiro matando ou ferindo seus tratadores em parques temáticos marinhos. A orca é uma das 35 espécies da família dos golfinhos oceânicos, que apareceu pela primeira vez há cerca de 11 milhões de anos. A linhagem das orcas provavelmente se ramificou logo depois. Nas décadas de 1970 e 1980, pesquisas ao longo da costa ocidental do Canadá e Estados Unidos identificaram três tipos: Residentes: A mais comumente avistada das três populações nas águas costeiras do Pacífico nordeste. A dieta das orcas residentes consiste principalmente em peixe e lula e vivem em grupos familiares complexos e coesos. Os laços familiares duram a vida inteira, muitas vezes vivendo em grupos matrilineares grandes e fazendo vocalizações muito variáveis e complexos. A unidade básica da sociedade de orcas residentes é a mãe, todos os seus descendentes dependentes (com aproximadamente dez anos ou menos), assim como a sua descendência adulta, incluindo os filhos destes. As fêmeas podem eventualmente passar menos tempo com as suas mães, à medida que forem produzindo crias suas, mas machos residentes parecem permanecer com as suas mães as suas vidas inteiras. Deixam-nas por períodos curtos para acasalar fora do seu grupo maternal, mas voltam para as suas mães depois disso. Fêmeas residentes têm caracteristicamente uma nadadeira dorsal arredondada que termina num canto agudo. São conhecidas por visitar as mesmas áreas consistentemente. Nas populações residentes da Colúmbia Britânica e Washington, investigadores identificaram e nomearam mais de 300 orcas ao longo dos últimos 30 anos. Temporárias: A dieta destes animais consiste quase exclusivamente em mamíferos marinhos; elas não comem peixe. No sul do Alasca, viajam geralmente em pequenos grupos, normalmente de dois a seis animais. Ao contrário das residentes, não permanecem sempre nas suas unidades familiares. As unidades consistem em grupos menores com laços familiares menos permanentes e com vocalizações menos variáveis e menos complexos. As fêmeas possuem nadadeiras dorsais mais triangulares e pontiagudas do que as residentes. A área cinzenta ou branca à volta da nadadeira dorsal, conhecida como "sela", muitas vezes contém alguma coloração preta nas residentes. As populações temporárias são uniformemente cinzentas. Estas populações transitam largamente ao longo da costa, tendo alguns indivíduos sido avistados no sul do Alasca e mais tarde na Califórnia. Na costa da Califórnia, as orcas se reúnem em grupos onde atacam baleias-cinzentas, visando caçar seus filhotes. Offshore (população em alto mar): Estes animais foram descobertos em 1988 pelo investigador Jim Darling, que avistou algumas orcas no mar aberto. Estas cruzam os oceanos e alimentam-se primariamente de peixes em cardumes. No entanto, a presença de nadadeiras dorsais cicatrizadas e danificadas mostra a possibilidade de que estas comam tubarões. Têm sido majoritariamente encontradas ao largo da costa ocidental da Ilha Vancouver e perto das Ilhas da Rainha Carlota. Foram avistadas ao viajar em grupos de 60 animais. Atualmente, sabe-se pouco sobre os hábitos desta população, mas podem ser distinguidos geneticamente de residentes e temporárias. Offshores parecem ser menores do que as residentes e as fêmeas são caracterizadas pela ponta da nadadeira que é arredondada. Parece haver uma correlação entre a dieta de uma população e o seu comportamento social. Orcas piscívoras no Alasca e na Noruega foram também observadas tendo estruturas sociais semelhantes às residentes. Orcas que se alimentam de mamíferos na Argentina e Ilhas Crozet foram observadas tendo comportamento mais parecido com as temporárias. Temporárias e residentes vivem nas mesmas áreas, mas tendem a evitar-se mutuamente. O nome temporária se originou na crença de que estes animais foram expulsos das populações residentes maiores. Julga-se que a divergência evolutiva entre estes dois grupos começou há dois milhões de anos. Pesquisa genética recente descobriu que os tipos não se cruzam há até 10 000 anos. Quatro tipos de Orcas foram recentemente descritas no mar Antártico. O Tipo A é uma orca "típica", que vive em águas abertas e caça principalmente a baleia-minke-antártica. Ao longo da costa da Argentina, as orcas caçam individualmente com uma técnica de encalhe intencional: elas se aproximam da praia e se lançam sobre a areia para abocanhar leões-marinhos. No entanto, tal feito é muito perigoso para uma orca jovem e despreparada por poderem encalhar na areia e perecer na praia. Por isso, as mães orcas ensinam os filhotes sucessivas vezes até que aprendam essa estratégia de caça arriscada. O Tipo B é menor que o Tipo A e habita os mares da Antártida. Tem uma mancha ocular grande e uma mancha cinzenta nas costas, chamada de "capa dorsal". Alimenta-se principalmente de focas que ficam sobre blocos de gelo. Uma das técnicas mais utilizadas por essas orcas é criar ondas para desestabilizar as presas nos blocos de gelo, derrubando-as na água para depois arrastá-las com as caudas e afogá-las. Às vezes, com sorte, as focas conseguem escapar dos dentes afiados desse gigante dos mares. O Tipo C é o tipo menor de todos e vive em grupos maiores do que qualquer outro tipo de orca. A sua mancha ocular está claramente inclinada para a frente, ao invés de paralela ao eixo do corpo. Tal como o tipo B, tem uma capa dorsal. A sua única presa observada até ao momento é o bacalhau-da-Antártida. Orcas do tipo B e C vivem perto da calota polar antárctica, e a presença de diatomáceas (um tipo de alga unicelular) nestas águas pode ser responsável pela cor amarelada nos dois tipos. O Tipo D foi identificado com base em fotografias de um encalhe de orcas em massa em 1955, na Nova Zelândia, e de seis aparições de indivíduos no mar desde 2004. É imediatamente reconhecível pela mancha branca ocular extremamente pequena, uma curta nadadeira dorsal e a cabeça bulbosa (semelhante ao de uma baleia-piloto). Embora nada se saiba sobre a dieta do tipo D, suspeita-se que incluam peixes, porque grupos foram fotografados em torno de palanqueiros onde alegadamente pescam a merluza-negra. Alex

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