El Súper Clásico (México)
Superclásico ou El Clásico de Clásicos, é como são chamados os confrontos de futebol entre os clubes mexicanos, Club América e C.D. Guadalajara. É considerada a maior rivalidade do futebol mexicano, já que divide as duas cidades mais populosas do país, Cidade do México e Guadalajara. É também uma das maiores rivalidades do futebol mundial.
Ambas as equipes são as duas mais bem-sucedidas do futebol mexicano em termos de campeonatos, com o Club América conquistando 16 títulos da liga e o Guadalajara atrás deles com 12. É o único clássico do mundo disputado em dois torneios continentais distintos, a Copa Libertadores e a Copa dos Campeões da CONCACAF.
Alguns dos fatores que incentivaram não somente o nascimento da rivalidade, mas também seu alcance como um clássico nacional foram: os diversos eventos dentro e fora de campo estrelados por seus jogadores e técnicos, a rivalidade entre a província mexicana (representada pela cidade de Guadalajara) e a metrópole capital do país, o reflexo na cultura de cada clube do choque entre as visões nacionalistas e cosmopolitas que alguns setores da população tinham para o país, as diferenças socioeconômicas profundamente marcadas entre ambas as torcidas durante esse período, a divulgação midiática de rivalidades como "mexicanos contra estrangeiros", "heróis contra vilões".
O Guadalajara, equipe que é sempre formada por um elenco de jogadores 100% mexicanos, o qual representa o orgulho do povo, e do outro lado está o América, que sempre busca brilhar com grandes nomes estrangeiros.
Os primeiros encontros
Os primeiros registros de partidas disputadas entre essas equipes datam de uma excursão que o América fez à Guadalara, onde jogaram uma série de três partidas em 1926. Em 10 de outubro de 1926, a primeira partida foi realizada no campo de Guadalajara, terminando com um empate por 1 a 1. Um dia depois, no sábado, 11 de outubro, no estádio Paradero, o placar da partida foi de 2 a 1 a favor do Guadalajara, partida que o time da capital começou vencendo. Eles se enfrentaram novamente em 12 de outubro de 1926, e mais uma vez o Guadalajara venceu por 2 a 1.
No entanto, não há consenso entre as diversas fontes para creditar estas partidas como as primeiras edições desta rivalidade, porque os duelos foram disputados pela equipe de Guadalajara, tendo o reforço de clubes de Jalisco, isso para ser uma equipe mais representativa da liga local, do que um clube como tal. A primeira partida entre essas equipes, sem reforços externos, segundo fontes, foi um amistoso em 5 de fevereiro de 1932, realizado no Parque Oro, em Guadalajara. O resultado da partida foi um empate por 2 a 2.
Em uma competição oficial, a primeira partida registrada foi em 1º de agosto de 1943, em uma partida da Copa do México de 1942-43, onde o Guadalajara derrotou o America pelo placar de 1 a 0. No campeonato, a primeira partida foi em 16 de janeiro de 1944, durante o primeiro semestre da temporada 1943-44, disputada no Oblatos Park e com placar de 3 a 1 a favor do time da casa. A revanche aconteceu em 20 de fevereiro de 1944, no Parque Astúrias, com a primeira goleada do confronto. O time da capital venceu o Guadalajara por 7 a 2. Embora a grande derrota tenha causado constrangimento nas fileiras do Guadalajara, demorou quase duas décadas para que a rivalidade se tornasse o Clássico conhecido hoje.
Em 6 de maio de 1954, foi disputada a primeira final de um torneio, entre América e Guadalajara; A Copa do México de 1953-54. Na primeira partida da final no Parque Oblatos (foi um estádio na cidade de Guadalajara), o resultado foi um empate por 1 a 1. A partida de volta foi disputada em 12 de maio no Estádio Olímpico da Cidade dos Esportes, com um resultado e desfecho dramáticos. O empate por 0 a 0 no tempo regulamentar levou à prorrogação, na qual o goleiro americanista Manuel Camacho foi expulso e o atacante Eduardo Palmer vestiu as luvas de goleiro. O empate em 1 a 1 forçou os pênaltis.
Naquela época, o regulamento estabelecia um único cobrador para a série. Os cobradores foram Emilio Fizel (ele fez 3 cobranças) pelo América e Juan Jasso (ele marcou somente 1) pelo Guadalara. O time da capital foi coroado campeão da Copa do México pela primeira vez. Em 6 de março de 1955, foi disputada em partida única no Estádio Olímpico da Cidade dos Esportes a grande final da Copa do México 1954-55, onde o América derrotou novamente o Guadalajara, desta vez com uma vitória final por 1 a 0.
Em 1957-58, o Club América havia conseguido ganhar somente seis pontos, colocando-os em último lugar na classificação geral. Correndo o risco de rebaixamento, o clube contratou Fernando Marcos González (Cidade do México, 1913 - Cidade do México, 2000), conhecido como Fernando Marcos, foi um futebolista mexicano, árbitro, treinador e jornalista esportivo de rádio e televisão. Em 1958–59, Marcos transformou o time em um candidato ao título. Embora o nível do Club América tenha subido, o Guadalara estava jogando um futebol tático que estava dando a eles bons resultados. O final da década de 1950 até meados da década de 1960 pode ser considerado o melhor período da história do Guadalajara. Durante esse período, o time conquistou a maioria (7) dos seus onze títulos da liga, interrompidos somente duas vezes, em 1958 e 1963, pelo Zacatepec e pelo Club Deportivo Oro, respectivamente.
Na temporada 1959-60, vencida por quatros pelo Guadalaraja, ambos os clubes lutavam pelo título daquele torneio, o América enfrentou os três clubes de Guadalajara consecutivamente fora de casa, o primeiro foi contra o Oro que derrotou por 2 a 0, depois enfrentou o Atlas que venceu também por 2 a 0 e no último enfrentou o Guadalajara, que venceu pelo mesmo placar em 5 de agosto de 1959 no Parque Oblatos. Ao final da partida contra o Guadalajara, o técnico Fernando Marcos González declarou: "O América não vem a Guadalajara para vencer; isso é rotina. Viemos para mudar o número do seu DDD. Então, meus amigos, vocês já sabem: quando quiserem ligar para Guadalajara, disquem dois zero, dois zero, dois zero ou 20-20-20. Cortesia do América."
Essa declaração desencadeou uma rivalidade que persiste até hoje.
Para a próxima partida, grandes expectativas foram criadas pelos torcedores devido às declarações do técnico americanista. A partida foi realizada em 12 de novembro de 1959 no Estádio Olímpico de Ciudad Universitaria (ao sul da Cidade do México), onde o Guadalara derrotou o América pelo placar de 2 a 0. Foi a partir dessa data que o confronto se tornou "O Clássico Nacional."
Houve duas finais entre América e Guadalara durante a década de 1960 e corresponderam à disputa do Campeão dos Campeões (vencedor da Liga contra vencedor da Copa), ambas com triunfos do Guadalajara.
Na década de 1970, destacaram-se de forma especial os primeiros confrontos na fase final conhecida como liguilla. Elas ocorreram na temporada 1976-77, torneio onde a fase final foi disputada dividindo as 8 equipes em 2 grupos de 4, jogando entre si em visita recíproca. América e Guadalajara venceram fora de casa (1-2 e 0-1, respectivamente). O América conseguiu nivelar um pouco a liga durante a década de 1970, quando o Guadalajara não conseguiu ganhar nenhum título e teve algumas de suas piores campanhas contra seus arquirrivais, incluindo uma goleada por 5 a 2 no Estádio Azteca.
O futebol mexicano evoluiu drasticamente na década de 1980. O período de dominação do futebol entre dois times certamente acabou. Embora a paridade absoluta nunca seja alcançável, a competição foi distribuída de forma mais uniforme entre os clubes de futebol que competem na México Primera División. A década de 1980 é talvez a melhor década da história do Club América. Até então, nenhum outro clube havia conseguido o incrível sucesso do Guadalajara. Durante esse período, o Club América conquistou
cinco títulos no decorrer da década.
Apesar da consistência tanto do Guadalajara quanto do Club América, após os anos gloriosos do Club América e muito depois da era de ouro do Guadalara, os dois times só conseguiram ganhar quatro títulos entre eles, dois cada.
Na temporada 1982-83, o América teve uma das melhores campanhs da história da temporada regular, terminando o torneio com 26 vitórias, 9 empates e 3 derrotas em 38 jogos, marcando 69 gols e sofrendo 27, liderando o campeonato no ataque e na defesa com um total de 61 pontos. O favoritismo do América aumentou após a vitória por 6 a 0 no agregado sobre o Atlético Potosino nas quartas de final, e inclusive no jogo de ida da semifinal disputado em Jalisco, ao derrotar o Guadalajara por 2 a 1, porém, a história mudaria drasticamente.
Na segunda partida das semifinais da temporada 1982-83, jogadores de ambas as equipes iniciaram uma briga mais conhecida como "La Bronca del '83". O Guadalaraja precisava vencer o líder geral e o melhor time anfitrião do torneio para avançar para a final. Os ânimos se exaltaram no início da partida.
Aos 12 minutos, Alberto Guerra, técnico do Guadalara, foi expulso. Norberto Outes, artilheiro do América, foi expulso aos 25 minutos após dar um soco em Eduardo Cisneros.
A primeira briga durou 9 minutos, e ninguém mais foi expulso. O Guadalajara, com um jogo melhor, completou o feito e, com gols de Ricardo "Snoopy" Pérez aos 44 minutos, Demetrio Madero aos 45 minutos e Samy Rivas aos 88 minutos, fez 3 a 0. Roberto Gómez Junco zombou do banco da equipe da casa, apontando com os dedos para os três gols no placar. Seus companheiros substitutos ecoaram seus sentimentos, e Hugo De Anda, preparador físico do time da capital, os atacou. Todos contra todos durante mais de 20 minutos, exceto os técnicos, um expulso e o outro imóvel no banco (Carlos Reinoso); jogadores, comissão técnica, diretores e seguranças e até alguns torcedores. Edgardo Codesal, o árbitro da partida, já havia encerrado o jogo, quando a briga ultrapassou os 5 minutos. As consequências esportivas prejudicaram mais o Guadalajara, que sofreu a expulsão de 7 jogadores por duas partidas, situação que afetou a final contra o Puebla, que terminou perdendo nos pênaltis por 7 a 6.
Na temporada seguinte, pela primeira vez na história do Campeonato Mexicano, a grande final foi o Clássico de Clássicos. O América chegou como líder geral da temporada regular (com números menos espetaculares que na temporada anterior) após derrotar Monterrey e Cruz Azul nas quartas de final e semifinais, respectivamente. Enquanto o Guadalajara terminou em quarto lugar na tabela após eliminar o Tecos Fútbol nas quartas de final e o Pumas da UNAM nas semifinais.
A primeira partida foi disputada em 7 de junho de 1984 no Estádio Jalisco. Terminou empatada por 2 a 2. A partida de volta foi disputada no domingo, 10 de junho de 1984, no Estádio Azteca. Terminou o 3 a 1, para o América, que se sagrou campeão, derrotando seu maior rival.
Pela primeira vez na história, o clássico nacional foi disputado em um torneio internacional, isso por ocasião da fase final da Copa dos Campeões da CONCACAF de 1985, disputada no Memorial Coliseum, em Los Angeles. O primeiro jogo foi em 9 de abril de 1985, com placar de 3 a 1 a favor do América, e o segundo em 23 de abril, com placar de 1 a 1.
No início da década de 1990, com exceção da série semifinal de 1990-91 (que o América venceu por 5 a 0 no placar agregado), a maioria das partidas carecia de gols e emoção, a ponto de, pela primeira vez, os estádios não estarem lotados quando esta partida foi disputada. Na temporada 1994-95, América e Guadalara protagonizaram um dos clássicos mais espetaculares da história. No dia 13 de novembro de 1994, no estádio Jalisco, o América venceu o Guadalaraja com um placar de 4 a 3. Em contraste, em 25 de agosto de 1996, em uma das melhores atuações do Guadalajara e uma das piores do América, uma histórica vitória por 5 a 0 foi alcançada no estádio Jalisco.
O clássico mexicano foi a primeira partida da Copa Libertadores entre clubes mexicanos, em 4 de março de 1998, no Estádio Jalisco, com vitória dos visitantes por 1 a 0. A segunda partida da fase de grupos entre eles, no Azteca, terminou com uma vitória de 2 a 0, também para a equipe americana.
Um dos jogos mais memoráveis disputados entre Club América e Guadalara durante o torneio Clausura 2005 ocorreu em 13 de março no Estádio Azteca. O jogo terminou empatado por 3 a 3. Em 2007, o Club América estabeleceu o recorde de mais vitórias em um ano ao derrotar o Guadalara quatro vezes.
Em 2016, Club América e Guadalajara se enfrentaram, um recorde de sete vezes, entre partidas do campeonato (incluindo playoffs) e a semifinal da Copa MX. O Club América "venceu"; três vitórias, dois empates e duas derrotas. O último encontro entre os clubes foi pelas oitavas da CONCACAF champions league 2025, com uma vitória de 4 a 0 do América em casa e uma vitória de 1 a 0 do Guadalara.
Alex
John Houlding John Houlding (c. agosto de 1833 - 17 de março de 1902) foi um empresário e político local, mais notável por ser o fundador do Liverpool Football Club e, mais tarde, Lord Mayor de Liverpool (prefeito). Anteriormente, ele também foi presidente e do Everton FC Club. Em novembro de 2017, Houlding foi homenageado com um busto de bronze fora de Anfield para marcar o 125º aniversário do Liverpool FC. Biografia Houlding era um empresário na cidade de Liverpool. Ele foi educado no Liverpool College, foi dono de uma cervejaria que o deixou em uma situação financeira confortável pelo resto de sua vida. Ele foi eleito para o Conselho Municipal de Liverpool, representando o bairro de Everton pelo Partido Conservador e Unionista, comumente Partido Conservador e coloquialmente conhecido como Conservadores, é um dos dois principais partidos políticos do Reino Unido, juntamente com o Partido Trabalhista. O partido situa-se no centro-direita. Em 1887, Houlding foi eleito Lord Mayo...
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