Raffaello Sanzio - Vida até o aprendizado com Perugino
Raffaello Sanzio (Urbino, 28 de março ou 6 de abril de 1483 – Roma, 6 de abril de 1520), frequentemente referido somente como Rafael, foi um mestre da pintura e da arquitetura da escola de Florença durante o Renascimento italiano, celebrado pela perfeição e suavidade de suas obras. Segundo historiadores e mestres da arte, o mais adequado é chamá-lo de Raffaello Santi, já que Sanzio fazia referência somente ao seu local de nascimento e Santi era o sobrenome de seu pai, Giovanni Santi, nascido em Lucca, na Toscana.
Com Michelangelo e Leonardo da Vinci, forma a tríade de grandes mestres do Alto Renascimento.
Origens (1483-1493)
Rafael foi o primeiro e único filho de Giovanni Santi e Màgia di Battista di Nicola Ciarla. Sua mãe faleceu em 7 de outubro de 1491, quando Rafael tinha oito anos, e seu pai se casou novamente pouco depois com uma certa Berardina di Piero di Parte, com quem teve sua filha Elisabetta. Posteriormente, após a morte de Giovanni Santi, Rafael teve problemas legais com as duas mulheres por razões financeiras.
Giovanni Santi (Colbordolo, c. 1435 - Urbino, 1494) foi um pintor e poeta do Renascimento italiano, autor de uma famosa crônica em verso sobre sua cidade natal, pintor de poucos méritos, mas homem culto e bem relacionado na corte do duque Federico da Montefeltro. Transmitiu ao filho, de precoce talento, o amor pela pintura e as primeiras lições do ofício.
Giovanni Santi mudou-se para Urbino quando tinha cerca de dez anos. Aqui, em contato com o ambiente de uma das cortes mais importantes do Renascimento, ocorreu sua formação cultural. Sua personalidade de humanista é de fato demonstrada pela Crônica rimada que ele escreveu em 1492 por ocasião do casamento do Duque Guidobaldo e Elisabetta Gonzaga em homenagem ao pai do noivo, o Duque Federico da Montefeltro. Um texto que demonstra a aguda inteligência de Santi sobre os fatos artísticos relatados, tanto que algumas de suas opiniões sobre pintores contemporâneos ainda são referências.
Primeira formação artística
A educação de Rafael foi influenciada pelo fato de ele ter nascido e passado sua juventude em Urbino, que naquela época era um importante centro artístico que irradiava os ideais do Renascimento por toda a Itália e Europa. Aqui, Rafael, tendo acesso com seu pai às salas do Palácio Ducal, teve a oportunidade de estudar as obras de Grandes Mestres.
O pai de Rafael, pelo menos desde a década de 1480, era o chefe de uma oficina florescente, empenhada na criação de obras para a aristocracia local e para a família ducal, como a série das Musas para o pequeno templo do palácio, bem como na encenação de representações teatrais. Giovanni Santi também tinha um conhecimento direto e atualizado da pintura contemporânea, não somente italiana, como demonstra sua já citada Cronaca rimata, e trabalhou em vários locais da Itália central, incluindo Cagli, onde na Capela Tiranni retratou a si e seu filho entre os personagens de um afresco. A Capela Tiranni é considerada a obra-prima de Gionanni Santi.
No ateliê do pai, o jovem Rafael aprendeu as noções básicas das técnicas artísticas, entre as quais provavelmente se inclui a técnica do afresco: uma das primeiras obras que lhe são atribuídas é, de fato, a Madonna di Casa Santi, datável de 1498, uma delicada pintura mural realizada em casa, no quarto onde se acredita que tenha nascido.
Em 1º de agosto de 1494, quando Rafael tinha onze anos, seu pai faleceu. Esta data minimiza em alguns estudos a contribuição do ateliê do pai na formação do artista; está também provado que no espaço de poucos anos, em plena adolescência, Rafael atingiu rapidamente uma maturidade artística que não pode ser separada de uma iniciação muito precoce à profissão de pintor.
Primeiro encontro com Perugino
Não se sabe por quais canais o jovem artista de Urbino chegou ao ateliê de Pietro di Cristoforo Vannucci, conhecido como Pietro Perugino, il Perugino ou o pintor divino (Città della Pieve, cerca de 1448 – Fontignano, fevereiro de 1523). Proprietário de dois ateliês muito ativos ao mesmo tempo, em Florença e Perugia, ele foi por algumas décadas o pintor italiano mais conhecido e influente de seu tempo.
Provavelmente, mais do que um verdadeiro aprendizado em Perugia, o menino teve a oportunidade de visitar a Úmbria com frequência e frequentar ocasionalmente a oficina de Perugino, alternando sua atividade com a do pai, pelo menos até a morte deste: naquele ano Rafael herdou sua atividade, juntamente com alguns colaboradores.
Aprendizagem com Perugino (1494-1498)
Os primeiros registros da presença de Rafael ao lado de Perugino estão ligados a algumas obras de sua oficina entre 1497 e o novo século. Em particular, foi sugerido que a intervenção de Rafael pode ser vista no painel da Natividade da Madona na predela do Retábulo de Fano (1497) e em algumas figuras dos afrescos do Collegio del Cambio em Perugia (de 1498); especialmente onde as massas de cor assumem um valor quase plástico e a maneira de delimitar as partes claras e as de sombra é acentuada, com um espessamento geral dos contornos. Se a sua mão ainda é difícil de identificar, foi em Perugia que Rafael deve ter visto pela primeira vez os grotescos pintados no teto do Colégio, que entraram mais tarde no seu repertório iconográfico.
Grotescos são um tipo particular de decoração pictórica de parede, que tem suas raízes na pintura romana da época de Augusto, que foi redescoberta e popularizada a partir do final do século XV.
A arte augustana é a arte produzida no Império Romano sob o reinado de Augusto, de 27 a.C. a 14 d.C., e sob a dinastia Júlio-Claudiana (até 68 d.C.).
A decoração grotesca é caracterizada pela representação de seres híbridos e monstruosos, quimeras, muitas vezes retratadas como figuras esbeltas e caprichosas, que se misturam em decorações geométricas e naturalistas, estruturadas de forma simétrica, sobre um fundo geralmente branco ou monocromático.
As figuras são muito coloridas e dão origem a molduras, efeitos geométricos e entrelaçamentos, mas sempre mantendo uma certa leveza, já que os temas são geralmente deixados minúsculos, quase caligráficos, no fundo. A ilustração, predominantemente imaginativa e lúdica, nem sempre exerce uma função puramente ornamental, mas às vezes tem também uma finalidade didática e enciclopédica, reproduzindo inventários das artes e das ciências ou representações homônimas.
Autorretrato de Rafael, com aproximadamente 23 anos.
Alex
Stephen Hillenburg - Carreira antes do Bob Esponja Stephen McDannell Hillenburg (Lawton, 21 de agosto de 1961 — San Marino, 26 de novembro de 2018) foi um animador, roteirista, cartunista e biólogo marinho americano, mais conhecido por ser o criador do desenho animado Bob Esponja Calça Quadrada, além de trabalhar com Joe Murray no desenho A vida moderna de Rocko, e com Arlene Klasky em Rugrats (Os anjinhos) como roteirista. Primeiros trabalhos Hillenburg fez seus primeiros trabalhos de animação, curtas-metragens The Green Beret (1991) e Wormholes (1992), enquanto estava na CalArts. The Green Beret era sobre uma escoteira com punhos enormes que derrubava casas e destruía bairros enquanto tentava vender biscoitos. Wormholes foi seu filme de tese de sete minutos, sobre a teoria da relatividade. Ele descreveu este último como "um filme de animação poético baseado em fenômenos relativísticos" em sua proposta de bolsa em 1991 para a Princess Grace Foundation, que auxilia arti...
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