Cinema Novo Cinema Novo é um movimento cinematográfico brasileiro, destacado pela sua crítica à desigualdade social, que se tornou proeminente no Brasil durante os anos 1960 e 1970. O Cinema Novo se formou em resposta à instabilidade racial e classista no Brasil. Influenciados pelo neorrealismo italiano e pela Nouvelle Vague francesa, filmes produzidos sob a ideologia do Cinema Novo se opuseram ao cinema tradicional brasileiro de até então, que consistia principalmente em musicais, comédias e épicos ao estilo "hollywoodiano". Origens Tudo começa em 1952 com o primeiro Congresso Paulista de Cinema Brasileiro e o primeiro Congresso Nacional do Cinema Brasileiro. Por meio desses congressos, foram discutidas novas ideias para a produção de filmes nacionais. Essas ideias estão bem representadas no filme Rio, 40 Graus (1955), de Nelson Pereira dos Santos, obra fortemente influenciada pelas propostas do neorrealismo italiano que Alex Viany vinha divulgando. Almiro Viviani Fialho (Rio de Janeiro, 4 de novembro de 1918 — Rio de Janeiro, 1º de novembro de 1992), mais conhecido como Alex Viany, foi um cineasta, produtor, roteirista, autor, jornalista e ator brasileiro. É autor do livro Introdução ao Cinema Brasileiro (1959), citado por Paulo Emílio Sales Gomes como a primeira obra de filmografia brasileira. Também escreveu O Processo do Cinema Novo. Como jornalista, iniciou no jornal O Diário da Noite. Em 1945, mudou-se para Los Angeles, para trabalhar como correspondente em Hollywood da revista O Cruzeiro. Nessa época conheceu o cineasta Orson Welles, juntamente com o então diplomata brasileiro Vinícius de Moraes. Voltou ao Brasil em 1948. Na década de 1960, o Brasil estava produzindo o cinema mais político da América do Sul. O Cinema Novo aumentou a proeminência ao mesmo tempo que os presidentes progressistas brasileiros Juscelino Kubitschek e, mais tarde, João Goulart assumiram o cargo e começaram a influenciar a cultura popular brasileira. Em 1961, o Centro Popular da Cultura (CPC), organização associada à União Nacional dos Estudantes, lançou Cinco Vezes Favela, um filme seriado em cinco episódios, um dos primeiros produtos do movimento Cinema Novo. O CPC procurou estabelecer um vínculo cultural e político com as massas brasileiras, colocando peças em fábricas e bairros da classe trabalhadora, produzindo filmes e registros e participando de programas de alfabetização. Influências Os cineastas brasileiros modelaram o Cinema Novo segundo gêneros conhecidos por subversão: neorrealismo italiano e Nouvelle Vague francesa. O Cinema Novo também tinha algo em comum com o cinema soviético dos anos vinte, que, como o neorrealismo italiano e a francesa Nouvelle Vague, tinha uma propensão para teorizar sua própria prática cinematográfica. Os cineastas neorrealistas italianos trabalhavam frequentemente com atores não profissionais para representar os tempos econômicos difíceis após a Segunda Guerra Mundial. A Nouvelle Vague absorveu fortemente o neorrealismo italiano, pois os diretores franceses rejeitaram o cinema clássico e abraçaram a iconoclasia. Os cineastas do Cinema Novo foram bastante atraídos pelo uso da teoria do autor por parte da Nouvelle Vague, o que permitiu aos diretores fazer filmes de baixo orçamento. A Teoria do Autor, no contexto do cinema, é a ideia de que o diretor, e não necessariamente o roteirista ou os atores, é o principal responsável e a força criativa por trás de um filme. Essa teoria destaca a importância do diretor como o autor, ou seja, o criador e a voz principal do filme. Temas e estilo A maioria dos historiadores do cinema divide o Cinema Novo em três fases sequenciais que diferem em tema, estilo e assunto. O cineasta Carlos Diegues afirmou que, embora a falta de fundos reduza a precisão técnica dos filmes do Cinema Novo, também permitiu que diretores, escritores e produtores tivessem uma quantidade incomum de liberdade criativa. "Porque o Cinema Novo não é uma escola, não tem um estilo estabelecido", afirma Diegues. "No Cinema Novo, as formas expressivas são necessariamente pessoais e originais, sem dogmas formais". Esta liberdade de direção, juntamente com a mudança do clima social e político no Brasil, fez com que o Cinema Novo experimentasse turnos de forma e conteúdo em um curto período. Alex

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