Comédia dramática e O Garoto de Charlie Chaplin Comédia dramática (também conhecido como dramédia) é a junção dos gêneros comédia e drama. Estas obras geralmente apresentam uma história séria, porém abordada de forma engraçada. é um gênero híbrido de obras que combinam elementos de comédia e drama. Os eredos normalmente giram em torno de um personagem que deseja conseguir alguma coisa que será sua realização pessoal ou que é obrigado a conseguir para que isso não lhe cause nenhum sofrimento. As tentativas, geralmente frustradas, acabam provocando risos da plateia ou leitor. Um dos pré-requisitos desse gênero é que, após muitos risos e lágrimas, o personagem consiga o que deseja e tenha um final feliz. No cinema, assim como em séries de televisão, assuntos dramáticos sérios (como morte, doença, traição e luto) são tratados com realismo e sutileza, preservando um teor humorístico. O termo "dramédia" começou a ser usado na indústria da televisão na década de 1980. Os dramas de comédia televisiva modernos tendem a ter mais humor integrado à história, mas geralmente contêm uma taxa de piadas menor do que as sitcoms. História No teatro grego, as peças eram consideradas comédias ou tragédias (ou seja, drama): as primeiras eram histórias leves com um final feliz e as últimas histórias sérias com um final triste. Ainda hoje, as obras são frequentemente classificadas em duas grandes categorias: dramas e comédias. Por exemplo, muitos prêmios que reconhecem conquistas no cinema e na televisão, como o Primetime Emmy Awards e o Golden Globe Awards, segregam vários prêmios nessas duas classificações. O século XX viu um aumento no número de obras cinematográficas e televisivas que poderiam ser descritas como comédias dramáticas. No cinema americano, The Kid (1921), de Charlie Chaplin, é reconhecido como o primeiro longa- metragem a misturar comédia e drama. The Kid é um filme mudo de comédia dramática estadunidense de 1921, escrito, produzido, dirigido e estrelado por Charlie Chaplin, e apresenta Jackie Coogan como seu filho adotivo e ajudante. Este foi o primeiro longa-metragem de Chaplin como diretor. Foi um grande sucesso e foi o segundo filme de maior bilheteria em 1921. Agora considerado um dos maiores filmes da era muda, foi selecionado para preservação no Registro Nacional de Filmes dos Estados Unidos pela Biblioteca do Congresso em 2011. Trama Com muita angústia, uma mãe solteira abandona um bebê, colocando-o em um automóvel com um bilhete escrito à mão: "Por favor, ame e cuide desta criança órfã". Dois ladrões roubam o automóvel e deixam o bebê em um beco, onde ele é encontrado pelo Vagabundo. Após algumas tentativas de entregar a criança a vários transeuntes, ele encontra o bilhete e seu coração se derrete. Ele leva o menino para casa, o chama de John. Enquanto isso, a mãe muda de ideia e retorna para buscar o bebê; ao saber que o carro foi roubado, desmaia. Cinco anos se passam. O Menino e o Vagabundo vivem no mesmo quartinho; com pouco dinheiro, mas muito amor. Eles se sustentam com um pequeno esquema: o Garoto joga pedras para quebrar janelas para que o Vagabundo, que trabalha como vidraceiro, possa ser pago para consertá-las. Enquanto isso, a Mãe se tornou uma atriz rica e faz caridade dando presentes para crianças pobres. Por acaso, ao fazer isso, os caminhos da Mãe e do filho se cruzam sem que eles percebam. Mais tarde, o Garoto se envolve em uma briga com outro garoto enquanto pessoas se reúnem para assistir ao espetáculo. O Garoto vence, provocando a ira do irmão mais velho do outro garoto, que ataca o Garoto. A Mãe separa a briga, mas ela recomeça depois que ela sai. Após o Garoto adoecer, ele chama um médico que descobre que o Vagabundo não é o pai do Garoto e notifica as autoridades. Dois policias vêm para levar o menino a um orfanato, mas após uma briga e uma perseguição, o Vagabundo e o Garoto permanecem lado a lado. Quando a Mãe volta para ver como o menino está, ela encontra o médico, que lhe mostra o bilhete (que ele havia tirado do Vagabundo); ela o reconhece como o que havia deixado com seu bebê anos atrás. Agora fugitivos, o Vagabundo e o Garoto passam a noite em um albergue. O proprietário fica sabendo de uma recompensa de US$ 1.000 oferecida pelas autoridades e leva o Garoto para a delegacia, enquanto o Vagabundo dorme. Enquanto a Mãe, em prantos, reencontra seu filho há muito perdido, o Vagabundo procura freneticamente pelo garoto desaparecido. Sem sucesso, ele retorna à porta da sua humilde casa, onde adormece, entrando em uma "Terra dos Sonhos" onde seus vizinhos se transformaram em anjos e demônios. Um policial o acorda e o leva para uma mansão. Lá, a porta é aberta pela Mãe e pelo Garoto, que pula nos braços do Vagabundo, e ele é acolhido. Produção Chaplin escreveu, produziu, dirigiu, editou e estrelou The Kid , e mais tarde compôs uma trilha sonora. Inovador em sua combinação de elementos cômicos e dramáticos, o filme é considerado um dos maiores da era muda. O biógrafo de Chaplin, Jeffrey Vance, afirma que, com sua "mistura perfeita de comédia e drama, [é] indiscutivelmente a obra mais pessoal e autobiográfica de Chaplin". O filme transformou Coogan, então um artista de vaudeville , na primeira grande estrela infantil do cinema. Especula-se que a profundidade do relacionamento retratado no filme pode estar ligada à morte do primeiro filho de Chaplin, apenas dez dias antes do início da produção. Após a produção ser concluída em 1920, o filme foi pego nas ações de divórcio da primeira esposa de Chaplin, Mildred Harris , que tentou anexar os bens de Chaplin. Chaplin e seus associados contrabandearam o negativo bruto para Salt Lake City e o editaram em um quarto no Hotel Utah . [ 15 ] Para lançar o filme completo e evitar que ele fizesse parte de seu processo de divórcio, Chaplin mostrou aos executivos da First National um corte do filme. Ele usou essa exibição para renegociar seu contrato. [ 14 ] Antes de lançar o filme, Chaplin negociou para receber um acordo financeiro melhorado com base no sucesso do filme final. Isso incluiu 50% da bilheteria, uma vez que o orçamento de US$ 1,5 milhão da First National foi atingido e a propriedade total retornou a Chaplin após 5 anos. [ 14 ] Chaplin acabou removendo cenas que considerava sentimentais demais para o público moderno e compôs e gravou uma nova trilha sonora para a reedição do filme nos cinemas. Esta versão reeditada de The Kid teve sua estreia mundial na gala em homenagem a Chaplin realizada pela Film Society of Lincoln Center em 4 de abril de 1972, no Philharmonic Hall, em Nova York, com a presença de Chaplin. Recepção The Kid estreou em 21 de janeiro de 1921, no Carnegie Hall, na cidade de Nova York, como um benefício para o Fundo Infantil do Conselho Nacional de Revisão de Filmes. [ 12 ] The Kid foi aclamado pela crítica cinematográfica após seu lançamento. [ 17 ] A edição de 5 de fevereiro de 1921 do Exhibitor's Herald continha um anúncio completo do filme em cartaz no Randolph Theatre. O anúncio da First National Pictures recebeu muitos elogios de jornais de Chicago, incluindo esta crítica do The Chicago Herald and Examiner : The Kid resolve de uma vez por todas a questão de quem é o maior artista teatral do mundo. Chaplin faz algumas das atuações mais refinadas e delicadamente sombreadas que você já viu em qualquer lugar, e para cada furor pastelão há uma cena clássica e requintada. Suas ações são desenfreadas, convulsivas, irresistíveis. A avó mais gentil arrebentaria. Ele é o melhor Hamlet vivo hoje. Jackie Coogan é o melhor ator mirim que você já viu. Mulheres choravam só de vê-lo. The Kid tem dois punhos. Sua luva direita está cheia de pérolas de lágrimas, a esquerda com a ferradura do riso. O filme é perfeito. Seis rolos que parecem um; seis rolos que são mais engraçados do que o trabalho de qualquer outro ser humano; seis rolos que são mais tristes e simples do que qualquer coisa em filmes; seis rolos que expiarão tudo o que o cinema já fez. [ 18 ] Um crítico da Theatre Magazine escreveu com entusiasmo: "O novo filme [de Chaplin], The Kid , certamente supera em humor e no tipo especial de pathos de Chaplin tudo o que este popular astro de cinema já produziu. Há quase tantas lágrimas quanto risos no novo lançamento da First National — o que comprova a afirmação de que Chaplin é quase tão bom trágico quanto comediante. The Kid pode ser considerado uma obra-prima do cinema." O crítico do The New York Times deu uma recepção mais mista ao filme, escrevendo: "Charlie Chaplin é ele mesmo novamente - no seu melhor, em alguns aspectos melhor do que seu melhor anterior, e também, é lamentável, no seu pior, só que não com tanto do seu pior que estragou alguns de seus filmes anteriores." O crítico elogia o enredo, a comédia, os personagens e o "equilíbrio de tristeza" com Chaplin sendo "mais um comediante do que um palhaço", mas lamentou elementos de "vulgaridade ou grosseria". [ 19 ] Legado O biógrafo de Chaplin, Jeffrey Vance, escreve sobre o legado de The Kid , de Chaplin : " The Kid continua sendo uma contribuição importante para a arte cinematográfica, não apenas pelo uso inovador de sequências dramáticas dentro de uma comédia de longa-metragem, mas também pelas revelações que The Kid fornece sobre seu criador. Sem dúvida, quando Chaplin escreveu o prefácio de The Kid , "Um filme com um sorriso - e talvez uma lágrima", ele tinha seu próprio credo artístico - e vida - em mente." [ 20 ] Mary Pickford disse sobre o filme: "The Kid é um dos melhores exemplos da linguagem da tela, dependendo de suas ações em vez de legendas". [ 21 ] Duração: 1 hora, 9 minutos e 56 segundos.1:09:56 O Garoto Em dezembro de 2011, The Kid foi escolhido para ser preservado no Registro Nacional de Filmes da Biblioteca do Congresso. [ 22 ] O registro declarou que o filme é "uma fusão artística de drama tocante, comentário social e comédia inventiva" e elogiou a capacidade de Chaplin de "sustentar sua arte além da duração de seus temas curtos usuais e poderia habilmente provocar uma variedade de emoções de seu público misturando habilmente pastelão e pathos." [ 22 ] Em 2016, a Dallas Chamber Symphony encomendou uma trilha sonora original para The Kid ao compositor Craig Safan . [ 23 ] [ 24 ] A trilha estreou durante uma exibição de concerto em 21 de fevereiro de 2017 no Moody Performance Hall com Richard McKay regendo. [ 25 ] Em maio de 2017, foi anunciado que uma adaptação animada de ficção científica de The Kid estava em andamento no estúdio de animação francês Superprod Animation, com a Big Beach e a produtora Bidibul Productions, sediada em Luxemburgo, produzindo e a FilmNation Entertainment para distribuí-la internacionalmente. [ 26 ] Em janeiro de 2021, "The Kid" obteve uma avaliação de 100% no Rotten Tomatoes, com base em 50 avaliações, com uma média ponderada de 8,6/10. O consenso crítico do site afirma: "O irascível Vagabundo de Charles Chaplin conta com o apoio competente de Jackie Coogan como "The Kid" nesta obra-prima pastelão, equilibrando as gargalhadas com momentos de pungência desarmante". [ 27 ] Veja também