Vampiros - Mesopotâmia, Grécia e Índia antigas, mais tradições judaicas Vampiro é um ser mitológico ou folclórico que sobrevive se alimentando da essência vital de criaturas vivas, geralmente sangue. Contos de mortos-vivos consumindo sangue ou carne de seres vivos foram encontrados em quase todas as culturas ao redor do mundo por muitos séculos. Mesopotâmia Muitas culturas na antiga Mesopotâmia tinham histórias envolvendo demônios bebedores de sangue. Os persas foram uma das primeiras civilizações a ter contos de tais monstros; criaturas tentando beber sangue de homens são retratadas em cacos de cerâmica escavados. A antiga Babilônia tinha contos da lendária Lilith. Lilith era considerada um demônio e frequentemente retratada como subsistindo do sangue de bebês. A lenda de Lilith foi originalmente incluída em alguns textos judaicos tradicionais: segundo as tradições populares medievais, ela era considerada a primeira esposa de Adão antes de Eva. Nestes textos, Lilith deixou Adão para se tornar a rainha dos demônios (na verdade, ela se recusou a se subordinar a Adão e, portanto, foi banida do Éden pelo próprio Deus) e, assim como as striges gregas, caçava bebês e suas mães à noite, bem como homens. Para evitar ataques de Lilith, os pais costumavam pendurar amuletos no berço de seus filhos. A deusa babilônica Lamashtu é mencionada como tendo naturezas vampíricas. Na mitologia mesopotâmica, Lamashtu é uma divindade demoníaca mesopotâmica com "cabeça de leão, dentes de burro, seios nus, corpo peludo, mãos manchadas (de sangue?), dedos e unhas longos. Acreditava-se que ela se alimentava do sangue de bebês humanos e era amplamente responsabilizada como a causa de abortos espontâneos e mortes no berço. Lamashtu é uma imagem historicamente mais antiga que deixou uma marca na figura de Lilith. Dizia-se que ela observava as mulheres grávidas vigilantemente, principalmente quando entravam em trabalho de parto. Depois, ela arrancava o recém-nascido da mãe para beber seu sangue e comer sua carne. Ela é descrita: "Onde quer que ela venha, onde quer que ela apareça, ela traz mal e destruição. Homens, bestas, árvores, rios, estradas, edifícios, ela traz mal a todos eles. Ela é um monstro carnívoro e sugador de sangue." Grécia Antiga A mitologia grega antiga contém vários precursores dos vampiros modernos, embora nenhum fosse considerado morto-vivo; estes incluíam a Empusa, Lâmia, e Striges (a Strix da mitologia romana antiga). Com o tempo, os dois primeiros termos tornaram-se palavras gerais para descrever bruxas e demônios, respectivamente. Empusa era filha da deusa Hécate e foi descrita como uma criatura demoníaca com pés de bronze. Ela se banqueteava de sangue, transformando-se em uma jovem mulher e seduzia homens antes de beber seu sangue. Lâmia era filha do rei Belus e amante de Zeus. No entanto, a esposa de Zeus, Hera, descobriu essa infidelidade e matou todos os descendentes de Lâmia. Lâmia jurou vingança e atacava crianças pequenas em suas camas à noite, sugando seu sangue. Como Lâmia, as Striges se banqueteavam com crianças, mas também atacavam adultos. Elas foram descritas como tendo corpos de corvos ou pássaros em geral, e mais tarde foram incorporadas à mitologia romana como Strix, um tipo de ave noturna que se alimentava de carne e sangue humanos. Entidades vampíricas gregas são vistas mais uma vez na Odisseia de Homero. Índia Antiga Na Índia, contos de vetalas, uma classe de seres da mitologia hindu, são geralmente definidos como uma entidade paranormal que supostamente habita cemitérios. Cadáveres são usados como veículos por esses espíritos para se movimentarem. Um vetala pode possuir e deixar um corpo morto à vontade. Embora a maioria das lendas de vetala tenha sido compilada na coleção de contos e lendas Betal Panchabingshati, uma história proeminente no Kathasaritsagara fala do Rei Vikramāditya e suas buscas noturnas para capturar um vetala. O Betal é descrito como uma criatura morta-viva que, como o morcego associado ao vampirismo moderno, fica pendurado de cabeça para baixo em árvores encontradas em campos de cremação e cemitérios. Pishacha são demônios carnívoros das religiões indianas, aparecendo nas mitologias hindu e budista. Um pishacha é um ser malévolo frequentemente referido como a própria manifestação do mal, também possuem atributos vampíricos. Tradições judaicas A palavra hebraica Alukah (tradução literalmente 'sanguessuga') é sinônimo de vampirismo ou vampiros, assim como Motetz Dam (literalmente, 'sugador de sangue'). A descrição mais detalhada do Alukah aparece no Sefer Hasidim, onde a criatura é descrita como um ser humano, que se transforma em um lobo. Ele pode voar (liberando seus longos pelos) e eventualmente pereceria se fosse impedido de se alimentar de sangue por um longo tempo. O Sefer Hasidim ou Sefer Chassidim (Livro dos Piedosos) é um texto atribuído a Judah ben Samuel de Regensburg (falecido em 1217), é uma obra fundamental dos ensinamentos dos Hasidim Ashkenazi. Hassidim Ashkenaz (literamente "pietistas alemães") foram um movimento místico e ascético judaico na Renânia alemã durante os séculos XII e XIII. Tradições posteriores de vampiros aparecem entre os judeus da diáspora na Europa Central, em particular a interpretação medieval de Lilith. Em comum com os vampiros, esta versão de Lilith era considerada capaz de se transformar em um animal, geralmente um gato, e encantar suas vítimas, fazendo-as acreditar que ela é benevolente ou irresistível. No entanto, ela e suas filhas geralmente estrangulam em vez de drenar as vítimas, e na Cabala, ela retém muitos atributos encontrados em vampiros. Outras histórias judaicas retratam vampiros de uma forma mais tradicional. Em "O Beijo da Morte", a filha do rei demônio Ashmodai arrebata o fôlego de um homem que a traiu, lembrando fortemente o beijo fatal de um vampiro. Uma história rara encontrada no Sefer Hasidim n.º 1465 conta a história de uma velha vampira chamada Astryiah, que usa seus cabelos para drenar o sangue de suas vítimas. Um conto semelhante, do mesmo livro, descreve a cravação de uma estaca no coração de uma bruxa para garantir que ela não retorne dos mortos para assombrar seus inimigos. Lilith (1887) de John Maler Collier (Londres, 27 de janeiro de 1850 – Londres, 11 de abril de 1934) foi um pintor e escritor britânico. Ele pintou no estilo pré-rafaelita, e foi um dos pintores de retratos mais proeminentes de sua geração. Alex

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