Fidel Castro - Primeiras Tensões com os Estados Unidos Fidel Alejandro Castro Ruz, mais conhecido como Fidel Castro, (Birán, 13 de agosto de 1926 – Havana, 25 de novembro de 2016), foi um político e revolucionário cubano que governou a República de Cuba como primeiro-ministro de 1959 a 1976 e depois como presidente de 1976 a 2008. Também foi primeiro-secretário do Partido Comunista de Cuba de 1961 a 2011. A aprovação da primeira Lei de Reforma Agrária afetou seriamente os interesses dos proprietários de terras cubanos e americanos. A partir do final de outubro de 1959, o presidente dos EUA, Dwight Eisenhower, aprovou diversas medidas propostas pelo Departamento de Estado e pela CIA para empreender ações secretas contra Cuba, incluindo ataques de piratas, aéreos e navais, e a promoção e apoio direto a organizações contrarrevolucionárias em Cuba. A eliminação física de Castro também foi estabelecida como objetivo. Dwight David "Ike" Eisenhower (Denison, 14 de outubro de 1890 — Washington, 28 de março de 1969) foi o 34º Presidente dos Estados Unidos de 1953 até 1961. Antes disso, foi general de cinco estrelas do Exército Americano. Durante a Segunda Guerra Mundial, serviu como o Comandante Supremo das Forças Aliadas na Europa. Assumiu a responsabilidade de comandar e supervisionar a invasão do Norte da África durante a Operação Tocha entre 1942 e 1943. Logo depois, ele assumiu o planejamento da invasão da França e da Alemanha entre 1944 e 1945, na Frente Ocidental. Em 1951, ele se tornou o primeiro comandante supremo da OTAN. Também foi Chefe do Estado-Maior do Presidente Harry S. Truman. Em 21 de outubro de 1959, dois aviões que haviam decolado do Aeroporto de Pompano Beach, Flórida, lançaram bombas, matando duas pessoas e ferindo outras 45. Em fevereiro de 1960, o vice-primeiro-ministro soviético Anastas Mikoyan visitou Cuba e concedeu um crédito de cem milhões de dólares, além de assinar tratados para a compra de açúcar e a venda de petróleo. Durante esse tempo, ele recebeu as visitas dos filósofos franceses Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir. Em 4 de março de 1960, o navio a vapor francês La Coubre explodiu em Havana, transportando armas para a ilha. O incidente, uma dupla explosão, resultou em cento e uma mortes e mais de duzentos feridos. No dia seguinte, no funeral das vítimas, Fidel Castro proferiu pela primeira vez o lema com que costuma encerrar seus discursos: "Imperturbáveis diante das ameaças, imperturbáveis diante das manobras, lembrando que um dia éramos somente 12 homens e que, comparada à força da tirania, nossa força era tão pequena e tão insignificante que ninguém acreditaria ser possível resistir; no entanto, acreditávamos estarmos resistindo então, assim como acreditamos hoje que resistimos a qualquer agressão. E não só saberemos resistir a qualquer agressão, como saberemos derrotar qualquer agressão, e que mais uma vez não teríamos alternativa senão aquela com a qual iniciamos a luta revolucionária: a da liberdade ou da morte. Só que agora liberdade significa algo ainda mais: liberdade significa pátria. E nossa alternativa seria pátria ou morte". O governo cubano culpou os Estados Unidos pelos acontecimentos e afirmou que compraria armas de quem as vender. Os Estados Unidos negaram qualquer envolvimento no ocorrido. Em 17 de março de 1960, o presidente Dwight D. Eisenhower ordenou a preparação de homens para invadir a ilha. Em 8 de maio, foram retomadas as relações diplomáticas com a União Soviética, interrompidas por Batista em 1952. Em 29 de junho de 1960, o governo cubano confiscou as refinarias da Texas Oil Company, Shell e Esso depois que elas se recusaram a processar petróleo soviético. Em 6 de julho, o presidente dos Estados Unidos decretou uma redução de 700.000 toneladas de açúcar da cota de mercado de Cuba. Dois dias depois, o Senado dos EUA autorizou o presidente Dwight D. Eisenhower a suspender toda a ajuda aos países que confiscaram propriedades americanas. Em resposta, o Conselho de Ministros de Cuba concordou em autorizar o presidente e o primeiro-ministro a confiscar propriedades americanas. Em 6 de agosto, no Estádio Cerro, Castro anunciou o confisco de inúmeras empresas americanas, incluindo refinarias de petróleo, 36 usinas de açúcar e as empresas de telefonia e eletricidade. Em 2 de setembro de 1960, Fidel Castro proferiu a Primeira Declaração de Havana na Plaza de la Revolución. A Declaração foi proferida em resposta à Sétima Reunião de Consulta de Ministros das Relações Exteriores da Organização dos Estados Americanos e à subsequente Declaração de San José, que condenava implicitamente a decisão do governo cubano de estabelecer relações com a União Soviética. Isso significou o isolamento diplomático entre Cuba e todos os países membros, com exceção do México. A Primeira Declaração de Havana enunciava e reivindicava uma série de direitos e deveres políticos e econômicos que Fidel Castro considerava próprios das nações latino-americanas, ameaçadas pelo imperialismo estadunidense. Além de ser um documento programático sobre a política externa cubana, a Declaração de Havana reflete os processos sociopolíticos, os equilíbrios internacionais e a dinâmica das organizações multilaterais ao nível global no início da década de 1960. Em 18 de setembro de 1960, ele viajou para Nova York para participar da 15º Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas. No dia seguinte, a gerência do Hotel Shelbourne (onde a delegação cubana estava hospedada) notificou Castro de que eles deveriam partir. A delegação aceitou a oferta do proprietário do Hotel Theresa, no bairro nova-iorquino do Harlem. Lá, eles receberam o presidente soviético Nikita Khrushchev, o presidente egípcio Gamal Abdel Nasser, o primeiro-ministro indiano Jawaharlal Nehru e o líder negro Malcolm X. Nikita Khrushchev, quando perguntado se Castro era comunista, respondeu: "Não sei se Fidel é comunista, mas eu sou um 'fidelista'." Em 28 de setembro de 1960, Fidel Castro propôs o estabelecimento de um sistema de vigilância revolucionária coletiva, diante de uma multidão reunida na Praça da Revolução, criando assim os Comitês de Defesa da Revolução, que teriam a missão de detectar e denunciar os inimigos da Revolução. Em 15 de outubro de 1960, Fidel Castro ordenou o confisco de propriedades urbanas, medida que afetava os interesses dos EUA, e quatro dias depois Washington respondeu proibindo as exportações para a ilha, exceto de certos alimentos, medicamentos e suprimentos médicos. Ao embargo juntou-se um boicote total quando, em 16 de dezembro de 1960, Eisenhower reduziu a cota de açúcar a zero. Finalmente, em 3 de janeiro de 1961, os Estados Unidos romperam relações diplomáticas com Cuba. Fidel Castro na 15° sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas. Alex

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