Palácio do Louvre — Da era medieval às guerras religiosas
O Palácio do Louvre acolhe, atualmente, o Museu do Louvre. O Palácio do Louvre é um antigo palácio real da França, localizado em Paris, na margem direita do rio Sena.
Fica entre os Jardins das Tulherias e a Igreja de São Germano de Auxerre. Suas origens remontam a quase um milênio, sendo a sua história indissociável da de Paris. A sua estrutura tem evoluído por etapas desde o século XVI.
A construção do Palácio do Louvre, foi iniciada pelo Rei Filipe II em 1190 para proteger a cidade do ataque do oeste, não se sabe se esta foi a primeira construção naquele local, e é possível que Filipe tenha modificado uma torre existente.
Louvre medieval
O Louvre medieval, de Filipe II a Henrique IV, ocupava o quadrante sudoeste do atual "cour carrée". Assim, quando se entra pelo Pavillon de Sully (ou Pavillon de l'Horloge), o Louvre medieval ocupava a parte imediatamente à direita.
A fortaleza
Foi querendo fortalecer a defesa da cidade de Paris, a fim de torná-la o centro político e religioso do reino, que Filipe II se comprometeu a construir uma grande muralha cercando a cidade na época. O Louvre está localizado a oeste de Paris. Era de fato necessário consolidar particularmente este lado da muralha, considerado o mais exposto, na borda do Sena e voltado para a Normandia. O rei comprou as terras dos monges de Saint-Denis-de-la-Châtre e do bispo de Paris. Ele mandou construir uma fortaleza composta por uma torre de menagem, chamada de grande torre do Louvre, de 15 metros de diâmetro com uma parede de 4,20 metros de espessura em sua base, 32 metros de altura, cercada por um fosso circular seco de cerca de 10 metros de largura e 6 metros de profundidade.
Uma torre de menagem é a estrutura central de um castelo medieval que servia como último ponto de defesa e, muitas vezes, como residência principal do senhor feudal. É um edifício fortificado, robusto, que representa tanto o poder militar quanto o poder do governante. A torre de menagem era uma construção multifuncional, usada para defesa, armazenamento de munição e como refúgio.
A obra foi concluída em 1202.
Residência real
Sob o reinado de Luís IX (Poissy, 25 de abril de 1214 — Tunes, 25 de agosto de 1270), mais conhecido como São Luís, foi o Rei da França de 1226 até sua morte, tendo sido reconhecido como um santo da Igreja Católica, foi canonizado em 1297. Luis IX fez uma grande expansão, com a construção de novas salas sem qualquer propósito defensivo real, como a Sala de São Luís (1230–1240). O tesouro real também foi transferido para lá, dando um novo caráter à fortaleza.
No entanto, foi sob Carlos V (Vincennes, 21 de janeiro de 1338 — Paris, 16 de setembro de 1380), também conhecido como o Sábio, sendo o Rei da França de 1364 até sua morte — na segunda metade do século XIV — que o palácio se tornou uma residência real. Após suprimir a revolta do preboste dos mercadores Étienne Marcel (o que seria um prefeito moderno) que liderou um movimento reformista. Carlos V construiu, entre 1360 e 1383, uma nova muralha para proteger a cidade. O palácio assumiu então uma dupla função: além de seu papel protetor, tornou-se uma das residências do rei e da corte, com o Castelo de Vincennes.
Os aposentos reais estavam localizados ao sul, com vista para o Sena. Os aposentos da rainha ficavam no térreo, os do rei, no primeiro andar. No lado oeste, de sul para norte no térreo, ficava a capela, depois a sala Saint-Louis, seguida pelo grande salão onde o rei recebia os príncipes estrangeiros e realizava as grandes celebrações.
Acima, ficava o grande salão de desfiles. A torre da Livraria estava localizada no canto noroeste do castelo, no local do atual Pavilhão do Relógio.
Carlos V encarregou Raymond du Temple de construir as alas leste e norte, e de reformar e elevar as alas sul e oeste. Arquitetonicamente, novos elementos surgiram na ala norte, notadamente uma grande escadaria em espiral com aberturas, conhecida como " o grande parafuso", projetada por Raymond du Temple, fixada em sua face sul e conectada à torre de menagem por uma passagem em arco. Inicialmente, consistia em uma torre de 5 metros de diâmetro e 83 degraus, encimada por uma torre mais estreita e 41 degraus.
Era decorada com efígies da família real. A torre tinha 20 metros de altura. O palácio foi pouco ocupado após a morte de Carlos V.
O Louvre de Francisco I durante o Renascimento
Francisco I (Cognac, 12 de setembro de 1494 — Rambouillet, 31 de março de 1547), que foi o Rei da França de 1515 até sua morte. Prodigioso patrono das artes, ele iniciou o Renascimento francês, atraindo muitos artistas italianos para trabalhar para ele, incluindo Leonardo da Vinci, que trouxe a Monalisa com ele, adquirida por Francisco.
Em 1527, após o fim de seu cativeiro em Madri e seu retorno à França, Francisco I foi instado pelos Estados Gerais a residir em Paris.
Os Estados Gerais eram assembleias consultivas na França do Antigo Regime, convocadas em momentos de crise. Eram compostos por representantes dos três "estados" ou ordens da sociedade: o clero (Primeiro Estado), a nobreza (Segundo Estado) e o restante da população, que incluía a burguesia, camponeses e artesãos (Terceiro Estado).
O rei, portanto, ordenou aos vereadores do Louvre que restaurassem o palácio de Carlos V, que havia sido arruinado durante a Guerra dos Cem Anos. O primeiro passo foi desenvolver a área ao redor do Louvre. As obras foram iniciadas pelos arranjos das abordagens do Louvre em ligação com a Pont au Change, a fim de abrir a capital em direção a Oeste. Em 1528, teve lugar a destruição da torre de menagem central, o que fez entrar o velho castelo medieval no Renascimento. No entanto, as obras de renovação das alas durariam bastante tempo.
Foi em 1546 que o projeto do arquiteto Pierre Lescot, menos ambicioso, mas mais concreto que os outros apresentados, foi adotado. O plano consistia num pátio quadrangular (o atual pátio quadrado), a ala principal separada por uma escadaria monumental ao centro, e as duas alas laterais comportando somente um andar. A morte de Francisco I interrompeu, contudo, o projeto.
Embora, na época da morte do rei, a obra mal tivesse começado, seu filho Henrique II decidiu continuar a obra e manter sua confiança em Lescot, que mandou construir a prestigiosa ala central, que abrigava o salão de baile, em poucos anos. Graças à disposição de sua decoração arquitetônica e ao sucesso alcançado, essa ala rapidamente se estabeleceu como um manifesto da arquitetura renascentista francesa.
A obra prosseguiu com a construção do pavilhão real, que abrigava os aposentos reais, e da ala sul com vista para o Sena. Essa construção foi retardada pelas Guerras Religiosas na França, e grande parte do castelo medieval (alas norte e leste) ainda permanecia intacta.
As Guerras de Religião na França foram uma série de conflitos civis que ocorreram entre 1562 e 1598, colocando em confronto católicos e protestantes franceses, conhecidos como huguenotes. Esses conflitos foram a culminação de tensões políticas e religiosas que vinham crescendo desde a Reforma Protestante, liderada na França pelo calvinismo de João Calvino.
A base da torre de menagem.
Alex
Stephen Hillenburg - Carreira antes do Bob Esponja Stephen McDannell Hillenburg (Lawton, 21 de agosto de 1961 — San Marino, 26 de novembro de 2018) foi um animador, roteirista, cartunista e biólogo marinho americano, mais conhecido por ser o criador do desenho animado Bob Esponja Calça Quadrada, além de trabalhar com Joe Murray no desenho A vida moderna de Rocko, e com Arlene Klasky em Rugrats (Os anjinhos) como roteirista. Primeiros trabalhos Hillenburg fez seus primeiros trabalhos de animação, curtas-metragens The Green Beret (1991) e Wormholes (1992), enquanto estava na CalArts. The Green Beret era sobre uma escoteira com punhos enormes que derrubava casas e destruía bairros enquanto tentava vender biscoitos. Wormholes foi seu filme de tese de sete minutos, sobre a teoria da relatividade. Ele descreveu este último como "um filme de animação poético baseado em fenômenos relativísticos" em sua proposta de bolsa em 1991 para a Princess Grace Foundation, que auxilia arti...
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