Scarface (1983) Scarface é um filme de drama policial estadunidense de 1983, dirigido por Brian De Palma e escrito por Oliver Stone. Um remake do filme de 1932 de mesmo nome, Scarface conta a história do refugiado cubano do Êxodo de Mariel de 1980, Tony Montana (Al Pacino), que chega em Miami com nada e mais tarde se torna um poderoso chefão da droga. O filme também apresenta Steven Bauer e Michelle Pfeiffer. O argumento é de Oliver Stone, baseado num romance de Armitage Trail. Scarface (1983) é um dos filmes mais violentos já feitos e também um expoente de Hollywood no cinema da década de 1980. Denvolvimento O desenvolvimento de Scarface começou depois que Al Pacino assistiu ao filme de 1932 no Tiffany Theater enquanto estava em Los Angeles. Mais tarde, ele ligou para seu empresário, o produtor Martin Bregman, e o informou sobre sua crença no potencial de um remake daquele filme. Pacino originalmente queria manter o aspecto de filme de época, mas percebeu que, devido à sua natureza melodramática, seria difícil de realizar. Sidney Lumet se juntou ao projeto como diretor, desenvolvendo a ideia de que Montana seria um cubano chegando aos Estados Unidos durante o Êxodo de Mariel. O Êxodo de Mariel foi um movimento migratório em massa que ocorreu entre abril e outubro de 1980, durante o qual mais de 125 mil cubanos partiram do porto de Mariel, em Cuba, com destino aos Estados Unidos. As diferenças criativas entre Bregman e Lumet resultaram na saída de Lumet do projeto. Lumet queria fazer uma história mais política que se concentrasse em culpar a atual administração presidencial pela entrada de cocaína nos Estados Unidos, mas Bregman discordou. Sidney Arthur Lumet (25 de junho de 1924 – 9 de abril de 2011) foi um diretor de cinema que começou sua carreira no teatro antes de passar a dirigir para a televisão em 1950 e, em seguida, para o cinema a partir de 1957. Lummet ganhou reputação por fazer dramas realistas e crus sobre Nova York, que se concentravam na classe trabalhadora, abordavam injustiças sociais e questionavam frequentemente a autoridade. Bregman substituiu Lummet por Brian De Palma e contratou o roteirista Oliver Stone; Stone havia visto o Scarface original de 1932 e não gostara, então recusou inicialmente a oferta. Antes da substituição de Lummet, Bregman convenceu Stone a aceitar a oferta porque concordaram em transformar o filme de uma obra de época em um filme contemporâneo:"Sidney teve uma ótima ideia de pegar o filme de gângster americano da década de 1930, ambientado na época da Lei Seca, e transformá-lo em um filme de gângster imigrante moderno, lidando com os mesmos problemas que tínhamos naquela época, que estávamos proibindo drogas em vez de álcool. Há uma proibição contra as drogas que criou a mesma classe criminosa que (a proibição do álcool) criou a máfia". No livro The Oliver Stone Experience, Stone escreve: "Eu não queria fazer um filme sobre a máfia italiana... Já tínhamos feito dezenas desses filmes. Então Bregman veio até mim e disse: "Sidney tem uma ótima ideia — ele quer fazer um filme sobre um marielito em Miami. Eu disse: Isso é interessante! A ideia de Sidney era boa." Stone pesquisou o roteiro enquanto lutava contra seu próprio vício em cocaína. Ele e Bregman realizaram suas próprias pesquisas, viajando para Miami, Flórida, onde tiveram acesso a registros do Gabinete do Procurador dos EUA e do Departamento de Crime Organizado. Stone se mudou para Paris para escrever o roteiro, acreditando que não conseguiria se livrar do vício enquanto estivesse nos Estados Unidos, afirmando em uma entrevista de 2003 que estava completamente livre das drogas na época, "porque não acho que a cocaína auxilie na escrita. É muito destrutiva para as células cerebrais." Entre outras mudanças na história original, foi adicionada a personagem Alejandro Sosa. Stone modelou a personagem a partir de Roberto Suárez Gómez, um narcotraficante boliviano apelidado de "Rei da Cocaína". Elenco principal Pacino trabalhou com especialistas em combate com facas, treinadores e o boxeador Roberto Durán para atingir o tipo físico que desejava para o papel. Durán também ajudou a inspirar o personagem, que tinha "um certo leão dentro de si", segundo Pacino. A personagem imigrante de Meryl Streep em A Escolha de Sofia (1982) também influenciou a interpretação de Pacino como Tony Montana. Steven Bauer e um preparador de dialeto o ajudaram a aprender aspectos do espanhol cubano e sua pronúncia. Michelle Pfeiffer era uma atriz desconhecida na época, conhecida principalmente por seu papel como Stephanie Zinone, a líder das Pink Ladies em Grease 2; tanto Pacino quanto De Palma se opuseram à sua escalação, mas Bregman lutou por sua inclusão. Bauer conseguiu o papel sem fazer teste. Durante o processo de audição, a diretora de elenco Alixe Gordin viu Bauer e imediatamente percebeu que ele era perfeito para o papel de Manny, uma opinião com a qual De Palma e Bregman concordaram. Ele era o único cubano de fato no elenco principal. Filmagem O filme foi rodado ao longo de 24 semanas, de 22 de novembro de 1982 a 6 de maio de 1983. Embora o filme se passe em Miami, a Junta de Turismo de Miami recusou os pedidos para filmar lá, temendo que os temas do filme, drogas e gângsteres, afastassem o turismo. Em vez disso, grande parte do filme foi rodada em Los Angeles. Em abril de 1983, no entanto, uma cena foi filmada no Fontainebleau Miami Beach, em Miami, enquanto a infame cena da motosserra foi filmada no banheiro de um quarto no Sunray Motel, em Miami Beach. A opulenta mansão de Tony era El Fureidis, uma mansão em estilo barroco espanhol neo-mudéjar em Montecito, Califórnia. A produção foi interrompida duas vezes devido a condições climáticas severas na Califórnia. Durante a produção em março, Pacino queimou a mão esquerda no cano da arma que havia sido disparada quando ele tropeçou durante uma cena de luta. A produção foi interrompida por mais de uma semana enquanto Pacino se recuperava. Uma explosão prematura de bomba também feriu dois dublês durante uma cena filmada em sua ausência. A cena do tiroteio no final do filme inclui um plano-sequência dirigido por Steven Spielberg, que estava visitando o set na época. Laxante em pó para bebês foi usado como substância falsa para cocaína no filme. Segundo De Palma, ele providenciou para que Stone deixasse o set porque este estava atrapalhando a direção "conversando com os atores no set". Avaliação Menos de dois meses antes do lançamento do filme, em 28 de outubro de 1983, Scarface recebeu uma classificação X da MPAA por "violência excessiva e cumulativa e por linguagem". De Palma já havia remontado o filme três vezes até então; De Palma declarou: "Eu disse que já chega dessas pessoas, não vou tirar mais nada." Bregman disse ao The New York Times que "fomos classificados como um filme pornográfico... Aceitaremos a classificação X e recorreremos". A Universal não lançaria o filme com classificação X devido à percepção de pornografia e à redução na venda de ingressos, já que a maioria dos jornais, emissoras de TV e rádio não veiculariam anúncios para um filme com classificação X. Em 8 de novembro, uma comissão de apelação composta por 20 proprietários de cinemas, executivos de estúdios e distribuidores independentes anulou a decisão por 17 votos a 3, a favor da classificação R — mais do que os dois terços necessários. Classificação — R — Restrito: Menores de 17 anos precisam estar acompanhados por um dos pais ou responsável. Contém material adulto. Recomenda-se aos pais que se informem sobre o filme antes de levarem seus filhos pequenos. De Palma acreditava que as mudanças eram pequenas o suficiente para serem imperceptíveis e solicitou que a versão original do filme fosse lançada com a classificação. Quando a MPAA se recusou, De Palma lançou o filme sem cortes mesmo assim, admitindo isso somente meses após o lançamento do filme. Trilha sonora Em vez de usar música popular do período em que o filme se passa, a música de Scarface foi produzida pelo produtor musical italiano vencedor do Oscar, Giorgio Moroder. Refletindo o estilo de Moroder, a trilha sonora consiste principalmente em new wave sintetizada e música eletrônica. De Palma afirmou que recusou repetidamente os pedidos da Universal para lançar o filme com "uma trilha sonora de rap" porque acha que a trilha sonora de Moroder é perfeita. Alex

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